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domingo, 3 de março de 2019

Ameaça de Um Anjo - Opinião | Book Review

Ameaça de Um Anjo

Título do livro: Ameaça de Um Anjo
Nome da Autora: Patrícia Lourenço Ferreira
Editora: Chiado Editora
Número de páginas: 578 páginas
Sinopse: «Elena Cam sentia que não se encaixava em Angels, sempre se sentiu uma estranha até mesmo no seu próprio corpo. Até que foi salva por um desconhecido que mudou a sua vida por completo.
Apareceu-lhe tatuagens e poderes afectando a sua vida e a dos seus amigos, Bella e os gémeos, Landon e Justin.
Aquilo que começara por parecer algo estranho e ao mesmo tempo fantástico começou a ser ameaçado por uma figura desconhecida, que a perseguiria. Seria aquele que a salvara estaria pronto para a matar? Porque daria ao trabalho de a salvar para depois a perseguir?
Ao descobrir que era uma Nephilim, metade anjo metade humana, começa a desconfiar de Ethan Fallen que mudara-se para Angels no momento em que se transformara. Ethan era um ser misterioso e apesar de ela não confiar nele, sentia-se atraída por ele. Quando Elena descobre que faz parte de uma profecia antiga, ela tem que decidir se pode sacrificar a sua vida e a dos seus amigos para apanhar a pessoa que ameaçava a sua vida.
Ameaça de Um Anjo é o começo da Saga da Profecia da Luz e da Escuridão.»
Ameaça de um Anjo é uma leitura pela qual já estava ansiosa há mais de um ano. Assim, decidi que 2019 seria, finalmente, o ano desta leitura - e assim o foi. 
Explicando de uma maneira muito breve, em Ameaça de Um Anjo nós acompanhamos Elena Cam, uma pessoa que se considerava uma adolescente normal, com os seus problemas normais, até que um dia, após um conjunto de acontecimentos marcantes, a vida dela muda para sempre, e ela vê-se mesmo no centro de uma antiga guerra entre anjos.
Os meus sentimentos para com esta livro foram bastante mistos. Houveram pontos que eu acho que poderiam ser muito melhorados, e outros que gostei bastante. 
O meu principal problema centrou-se no início da história, onde eu achei que as coisas aconteceram demasiado depressa. Quando estamos num mundo diferente, é necessário dar tempo ao leitor para se adaptar à história e compreender as ações que vão ser essenciais para a ação e, infelizmente, eu senti que neste livro não nos foi dado tempo para isso, a informação foi dada demasiado depressa. Também ainda sobre esta questão, achei que houveram sentimentos das personagens que cresceram rápido demais, assim como algumas emoções mudavam demasiado depressa, o que deu um sentido irrealista a alguns momentos. Por último como ponto negativo que influenciou a minha opinião, temos os erros ortográficos e, principalmente, a forma como algumas frases foram construídas, que senti que me "empancou" a leitura em algumas cenas. 
No entanto, e apesar destes pontos negativos, eu fiquei sinceramente viciada na história. Mesmo quando, por algum motivo, parava de ler, eu ficava a pensar na história, nas personagens, e no que lhes iria acontecer a seguir. A partir da página 250, principalmente, eu comecei a sentir que as personagens agiam de forma mais racional, com as suas emoções mais controladas, e a história ficou muito interessante e melhorou muito. 
Além disto, eu adorei a parte fantástica da história. Anjos não é, de todo, algo novo no mercado de fantasia, mas os pormenores deste livro foram, na minha opinião, muito bem pensados, e deram um sentido diferente aos outros livros de anjos que já li até agora. Além disto, gostei ainda de que acompanhamos as personagens durante alguns acontecimentos normais da sua vida, como a ida à escola ou uma saída em amigos, o que, muitas vezes, se perde no meio dos livros de fantasia, e neste caso foi bastante positivo e deu um sentido mais realista à vida das personagens. 
Assim, quando estava a entrar na reta final do livro estava já completamente viciada na história e só queria continuar a ler. Devo dizer que o final compensou bastante e, apesar de não haver grandes novidades da autora sobre a continuação, espero sinceramente que ela não desista deste mundo: tem alguns problemas neste livro, também como consequência de ter sido escrito quando a autora era muito nova, mas tem muito potencial, potencial esse que eu adorava que fosse explorado numa continuação. 
Boas leituras.
(3 em 5 estrelas)


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domingo, 8 de julho de 2018

Ligeiramente Perigoso | Slightly Dangerous - Opinião (Book Review)

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Ligeiramente Perigoso

Nome do livro: Ligeiramente Perigoso
Nome original do livro: Slightly Dangerous
Nome da Autora: Mary Balogh
Coleção: Bedwyn Saga
Editora: ASA
Número de páginas: 335 páginas
Sinopse: «Wulfric Bedwyn, duque de Bewcastle, é um lobo solitário. A única coisa que o leva a aceitar o convite para uma festa privada é a expectativa de uma noite calma entre velhos amigos. Não contava encontrar mulheres, a grande maioria à caça de… um duque. E contava muito menos que o seu olhar se detivesse na única que não manifesta qualquer interesse por ele.Christine Derrick é viúva e não tem paciência para jogos. Além disso, não está minimamente interessada em ser amante do gélido Wulfric. Mas as circunstâncias acabam por juntá-los em várias ocasiões, e a verdade é que a atração entre ambos é inegável. A personalidade efervescente e ousada de Christine surpreende o duque, e desperta nele um sentimento inédito. Agora, apenas o amor satisfará a ânsia que o consome…
O derradeiro volume da inesquecível saga Bedwyn é uma imperdível história de desencanto, amor e redenção. O desfecho perfeito para uma série inesquecível!»

Quem me acompanha, deve conhecer o meu amor pelos irmãos Bedwyn, um grupo de 6 irmãos (2 raparigas e 4 rapazes) completamente diferentes e pertencentes ao mais alto nível da aristocracia inglesa.
Desde o primeiro livro, Ligeiramente Casados, que eu me rendi a esta família. E ao longo de 5 incríveis livros, consegui conhecer cada um deles individualmente, os seus medos e as suas personalidades. No entanto, é agora, ao chegar ao 6º e último livro, que sinto um amor maior por esta família. 
Fonte do Fundo
Neste volume final da série, acompanhamos o duque de Bewcastle, o irmão mais velho da família, e também o meu preferido, na sua relação com Christine Derrick, uma mulher viúva. Temos, mais uma vez, um romance mais lento, que se constrói lentamente e com o tempo. E devo dizer que este é, provavelmente, o meu livro favorito (juntamente com o Ligeiramente Escandalosa, onde seguimos Freyja, e onde eu ri da primeira à última página). 
Como eu já estava à espera (tendo em conta que o Wulf sempre foi o meu irmão favorito), eu simplesmente adorei as personagens. O Wulf tem um desenvolvimento espantoso, não apenas neste livro, mas desde o primeiro da série. Aliás, todos os irmãos o têm, mas o Wulf é, sem dúvida, o mais notável. Relativamente à Christine, este livro é o primeiro contacto que temos com ela, mas rapidamente me apaixonei por ela também. Mais uma vez, as personagens que rodeiam as principais são extremamente bem desenvolvidas e complexas, o que é sempre um pormenor que eu adoro da autora. 
Além de acompanharmos a personagem que sempre me intrigou mais, este livro tem um aspeto muito mais forte que os anteriores: a presença familiar. Em todos os livros, vimos a família unida, mas nada como neste. Nada tão forte e incrível como no final da série.
Este foi, honestamente, o final perfeito. Os cenários que encontramos, a forma como as personagens dos livros anteriores são expostas, como as personagens principais destas se vão desenvolvendo, a forma como a família se une... é simplesmente incrível. 
Já o recomendei antes e continuo a fazê-lo: a série dos irmãos Bedwyn é das melhores histórias que li até ao momento. Somos conquistados, choramos, rimos (muito) e acabamos com aquela sensação de coração cheio e com a tristeza de quem sabe não haver mais. 
Recomendo muito esta série, é perfeita para quem gosta do género (e até para quem não gosta). 
Boas leituras.   
(5 em 5 estrelas)

  • «E é claro que a palavra amor tem vários cambiantes, tal como muitas das palavras da nossa linguagem quotidiana» - Página 54
  • «Mas porque havia de pensar sempre no lado pior das pessoas? Que ia fazer da sua vida se adotasse essa atitude? Era melhor pensar no lado bom e enganar-se do que pensar no lado mau e enganar-se.» - Página 163
  • «E algumas pessoas têm a capacidade de dizer a verdade e convencer quem as ouve de que é mentira.» - Página 285

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domingo, 18 de fevereiro de 2018

A Maiden's Honor - Opinião (Book Review)

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A Maiden's Honor

Nome do livro: A Maiden's Honor
Nome da Autora: Josanna Thompson
Coleção: The Woman from Eden
Editora: Inkwell Books
Número de páginas: 532 páginas
Sinopse: «Sarah Campbell is a rarity among women in her time. Raised by her Scottish father and the natives of a remote island in the South Pacific, Sarah and her father embark on a perilous journey to Scotland. Their crew betrays them and murders her father for the purpose of selling Sarah into slavery. She is rescued by an unlikely hero, Hassan Aziz, the most feared pirate on the Barbary Coast. She quickly discovers that she is unprepared for the complex world that is suddenly thrust upon her. Sarah must find a way to survive in a world that intrigues and terrifies her.»

Deparei-me com este livro pela primeira vez através do projeto The Book Robin Hoods onde li a sinopse e fiquei, automaticamente, interessada. Depois de ver as opiniões no Goodreads, soube que tinha de ler esta história, e ainda bem que o fiz. Um grande obrigada à autora por me ter confiado este mundo incrível. 
É difícil dizer, de forma sucinta, sobre o que retrata a história devido a ela ser tão densa mas, resumindo de uma forma muito superficial, em A Maiden's Honor, pelo menos na maioria do livro, seguimos as personagens que se encontram em dois sítios diferentes, são eles um navio, onde acompanhamos maioritariamente Sarah mas também outras personagens como Hassan Aziz, um pirata temido, e o palácio do Dey de Algiers onde acompanhamos maioritariamente Naa'il, mas também outras personagens incríveis como Cora e Mamnoon. 
Apesar dos diferentes cenários, do choque de culturas e do vasto leque de personagens, a personagem central é, sem dúvida, Sarah Campbell, descrita como uma raridade no meio das mulheres do seu tempo, é uma mulher que cresceu numa ilha remota no Pacífico e que, devido a eventos que se dão, acaba por se ver envolvida em diferentes culturas e obrigada a ter de aprender costumes novos e de se inserir numa forma de vida que ela desconhece e que a assombra.
Quanto a esta questão, a autora foi capaz de criar personalidades distintas, complexas e enquadradas em diferentes culturas que, rapidamente, conquistam qualquer leitor. Entre as personagens tenho de dar destaque, obviamente, à Sarah e ao Hassan, duas das melhores personagens que encontrei até hoje. Assim como a Cora, o Mamnoon e, até certo ponto, Naa'il. 
Exatamente por termos diferentes formas de vida, recebemos constantemente informação relativamente à forma de vida Polinésia e à Otomana, assim como, apesar de em menor tamanho, da forma de vida inglesa da época, o que tornou o livro, de uma perspetiva histórica, extremamente interessante. 
Apesar de ser um livro de ficção, A Maiden's Honor, devido aos detalhes históricos e à sua complexidade, resultado de uma grande pesquisa por parte da autora, dão à história uma sensação de realidade que raramente se encontra em livros de não ficção. 
O início em si já é incrível e eu fiquei, rapidamente, presa à história. O desenrolar da ação, e os sentimentos que este livro foi provocando em mim, só me fizeram ficar ainda mais apaixonada pelo livro, sentimento esse que durou até à última página. Tenho de mencionar a capacidade da autora de descrever os acontecimentos, uma vez que ela torna fácil compreender o passado das personagens, sem os estar a descrever constantemente, e parece verdadeiramente que estamos lá com as personagens, a assistir a tudo. 
Apesar de ser um livro grande, não acontece, em momento nenhum, a história se arrastar. Pelo contrário, está sempre a acontecer algo. 
E, mesmo mais perto do final, quando os livros começam por norma a arrefecer, a autora continua a surpreender. Já quanto ao final, eu simplesmente amei e mal posso esperar pelo segundo livro. 
Como já tive o prazer de fazer anteriormente com outras autoras, fui comentando a minha leitura com a autora, o que foi uma experiência bastante interessante, especialmente porque fui percebendo melhor a relação da autora com as suas personagens e os próprios sentimentos que o que ela escreveu criou em si própria. A minha conversa com a autora levou-me ainda à explicação, presente no seu website, sobre a criação da capa, o que só serviu para tornar a capa ainda mais bonita aos meus olhos.
Assim sendo, em geral, A Maiden's Honor é, sem dúvida, dos melhores livros que li na vida. Os detalhes históricos, os acontecimentos realistas, as reviravoltas constantes, as personagens fantásticas, o desenvolvimento das próprias personagens, os detalhes pensados ao pormenor e as sensações que tudo isto provoca ao leitor, fazem, deste livro, dos livros mais densos e incríveis que li na minha vida.
Palavras não são, e nunca serão, suficientes para explicar o meu amor por esta história. Recomendo-a completamente e espero que a autora consiga conquistar, mais uma vez, no resto da série.
Boas leituras.
(5 em 5 estrelas)

«My father used to say that you can possess all the riches of the world, but you are not a man if you do not command the loyalty and respect of others.» - Página 389


Onde encontrar a autora/Author links

Onde comprar o livro/Where to find the book
Book Depository (temporariamente indisponível)

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Boss - Opinião (Book Review)


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O Boss

Nome do livro: O Boss
Nome original do livro: Bossman
Nome da Autora: Vi Keeland
Editora: Topseller
Número de páginas: 316 páginas
Sinopse: «Quando o teu patrão é convencido, mas sedutor, arrogante, mas sensual, irritante, mas irresistível, o resultado só pode ser um... horas extra... ordinárias.
Estás no primeiro encontro com um homem para lá de aborrecido. O que é que fazes? Finges ir à casa de banho, ligas à tua amiga e pedes-lhe que te ligue de volta, fingindo uma emergência que te tire dali, certo? Foi o que fiz. Até porque era mesmo uma emergência… Mas um desconhecido ouviu a conversa, chamou-me pretensiosa e teve o atrevimento de me dar conselhos! Respondi-lhe que se metesse na sua vida — na sua vida de homem alto, musculado, lindo de morrer e irritantemente convencido — e voltei para a minha mesa deprimente.
De onde estava, não pude deixar de olhar para ele, acompanhado por uma loira bombástica. Típico! Quando me apanhou a olhar, piscou-me o olho, levantou-se com a sua bimba e dirigiu-se à minha mesa. Pensei que fosse denunciar-me, mas, em vez disso, fingiu que nos conhecíamos, juntou-se a nós, e partilhou histórias mirabolantes sobre um passado fictício entre nós... Tenho de confessar que o meu encontro passou de chato a estranhamente excitante.
Quando a noite acabou, não parei de pensar nele, mesmo sabendo que nunca mais o veria. Afinal, quais seriam as probabilidades de voltar a encontrá-lo numa cidade com oito milhões de pessoas? Quais seriam as probabilidades de, um mês depois, ele vir a ser o meu novo Boss?»

O Boss foi a minha estreia com esta incrível autora e foi, sem dúvida, uma muito boa. 
O livro começa com a personagem principal, Reese, a ligar à sua melhor amiga da casa de banho, durante um encontro às cegas desastroso, para esta a salvar. No entanto, enquanto tenta pedir ajuda à sua melhor amiga, um desconhecido ouve a sua conversa e acaba a criticá-la pelo que ela está a fazer. Quando volta para a sua mesa, o homem que conheceu na casa de banho aproxima-se com o seu par e apresenta-se como amigo de infância de Reese, acabando por se sentar na mesa deles e passar o resto da noite a relembrar momentos de infância dos dois... que nunca aconteceram. É assim que Reese conhece Chase. Uns tempos acabam por passar e, numa entrevista de emprego, ela acaba a dar de caras com aquele que viria a ser o seu futuro patrão, Chase Parker, o seu falso amigo de infância.
Fonte do fundo
Pela premissa, já dá para perceber que o início tinha tudo para ser extremamente engraçado e, sem dúvida nenhuma, não desiludiu, uma vez que eu comecei o livro já a rir em voz alta com a intervenção e a ousadia do Chase.
No entanto, a premissa do livro é tão simples que acaba por não dar para dizer muita coisa sem ser considerada spoilers. 
Relativamente às personagens, apesar de haver momentos em que me irritam, especialmente mais para o final, adorei ambas as principais, principalmente o Chase e a sua falta de vergonha. Já a Reese também é uma boa personagem mas não se consegue destacar tanto.
A partir deste início, esperava que a história se desenrolasse de uma determinada maneira, o que vai acontecer na sua grande maioria, havendo, no entanto, alguns momentos em que a autora acaba mesmo por surpreender o leitor. 
Além destas reviravoltas, o livro flui extremamente bem e eu acabei-o apenas num dia porque não o conseguia pousar de tão bom que ele é. 
Apesar do final não ter nada de surpreendente, foi tal e qual como eu queria e eu adorei-o. 
Relativamente à edição portuguesa, desafio-vos a conseguir ler em publico sem que as pessoas olhem, no entanto, até que gosto da capa. Temos é alguns erros no texto que espero que a editora acabe por corrigir se lançarem uma segunda edição. 
Em geral, O Boss não é um livro completamente novo ou surpreendente, no entanto, a forma como foi escrito e desenvolvido levou a que eu amasse este livro do fundo do meu coração. E é, sem dúvida nenhuma, um livro incrível e rápido de se ler. Recomendo muito. 
Boas leituras.
(5 em 5 estrelas)

«Há uma linha ténue entre a genialidade e a loucura» - Página 41 
«Por vezes não sabemos o que nos faz falta até o descobrirmos.» - Página 92 
«O medo não detém a morte, mas sim a vida.» - Página 163

domingo, 24 de dezembro de 2017

Irmandade - Opinião (Book Review)

Irmandade

Nome do livro: Irmandade
Nome da Autora: Mariza Martins
Coleção: Irmandade
Editora: Chiado Editora
Número de páginas: 425 páginas
Sinopse: «"Quem me dera que ele me tivesse morto. Seria tudo tão mais fácil. Todavia, não morri, por isso, irei algum dia renascer das cinzas?"
Jade conquistou uma segunda oportunidade; uma nova vida, obrigando-a a integrar uma comunidade secreta residente na Ilha de Skye, cujas verdadeiras origens remontam à constelação de Draco. Rebelde e de espírito livre, Jade é confrontada com os demónios do seu passado, com as emoções do seu presente e com os perigos que ameaçam o seu futuro, assim como o de toda a comunidade.
Irmandade é um Romance Fantástico que alia aventura, romance e misticismo, abordando o poder do amor-próprio, a busca pela felicidade e pela liberdade. Entra neste mundo fantástico, pois a Irmandade e os segredos que nela se escondem esperam por ti!»

Pela primeira vez na minha vida, tive a incrível oportunidade de ler um livro enquanto o comentava com a autora e isso foi, sem dúvida nenhuma, uma experiência fantástica. 
Em Irmandade seguimos Jade, uma rapariga com um passado perturbado e que, um dia, sem ela própria saber bem o que está acontecer, se transforma em dragão e acaba por integrar uma comunidade secreta onde esta espécie vive. Nessa mesma comunidade, ela deve procurar fortalecer-se enquanto dragão, perceber verdadeiramente o seu propósito e ajudar a proteger a sua própria espécie. No entanto, o peso do seu passado nunca a abandona verdadeiramente. 
Como referi anteriormente, tive uma incrível experiência de leitura em grande parte porque li com a fantástica @writer_gabby e, por outro lado, porque tive a oportunidade de ir comentando com a autora o que estava a acontecer. O melhor de tudo é que qualquer pessoa pode ter esta mesma experiência, enviando mensagem para o instagram da autora (@mariza_martins_autora) que é uma querida e adora saber o que os leitores estão a achar.
Fonte do desenho
Relativamente à história em si, esta é, sem dúvida nenhuma, daquelas que começam bem e que só melhoram, além de que decorre num mundo extremamente bem construído. A ação iniciasse de uma maneira bastante chocante e inesperada, o que foi um ponto positivo. No entanto, senti que tudo acabou por passar demasiado depressa no início: somos colocados na história e, quando reparamos, já estamos na Ilha de Skye, onde vivem os dragões, sem nunca nos serem explicados os poderes da personagem principal ou a forma como ela vivia quando o livro se inicia, e é esta a parte em que considero que a autora a poderia ter explorado melhor.
No entanto, a partir deste problema, a autora vai acabar por explorar todos os acontecimentos de uma forma incrível e viciante e a história flui muito bem.
Relativamente às personagens, só tenho a dizer que são fantásticas. Todas são necessárias e as principais são muito engraçadas e cativantes, assim como é explorada uma amizade muito boa entre as personagens.
Por último só posso referir que temos momentos verdadeiramente inesperadas e uma ação muito bem escrita, que culmina com um final de arrepiar.
Assim sendo, as personagens incríveis, a história em si e o mundo criado conquistaram-me sem problemas, havendo apenas a ressalva do problema que senti no início do livro. Vai haver um segundo livro e acredito que vá conseguir ser ainda melhor que este e eu mal posso esperar.
Obviamente que é um livro que recomendo muito e um grande obrigada à autora pela oportunidade.
Boas leituras.
(4 em 5 estrelas)

  • «Existem determinadas circunstâncias na vida que nos conseguem realmente destruir. Têm esse poder; os outros têm o poder de nos desfazer. Num momento, sabemos quem somos e o que queremos e, no minuto seguinte, puf, tudo esmorece e escurece. Já não somos nada, não temos nada. Tudo nos é retirado» - Página 415/416