domingo, 5 de novembro de 2017

Ligeiramente Tentador (Slightly Tempeted) - Opinião/Book Review

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Ligeiramente Tentador

Nome do livro: Ligeiramente Tentador
Nome original do livro: Slightly Tempted
Nome da Autora: Mary Balogh
Coleção: Bedwyn Saga
Editora: Editora ASA
Número de páginas: 336 páginas
Sinopse: «Vingança. É essa a palavra que paira na mente de Gervase Ashford, conde de Rosthorn, ao conhecer a bela Lady Morgan Bedwyn. Em circunstâncias normais, o jovem aristocrata não lhe teria dispensado mais do que um breve olhar de apreciação. Mas esta é uma situação em tudo excecional pois Morgan é irmã do seu pior inimigo. Na cabeça de Gervase começa a delinear-se um plano ligeiramente tentador…
Liberdade. À boa maneira da família Bedwyn, é esse o desejo de Lady Morgan. Há muito que a jovem acalenta o sonho de casar por amor, e está tudo menos disposta a ser um peão no jogo do conde. Mais, ela está decidida a mostrar-lhe que se meteu com a pessoa errada. Mas quando dá por si perdida em plena batalha de Waterloo, é em Gervase que encontra o tão desejado ombro amigo.
Para o conde, a situação revela-se perfeita. Entre ele e a realização do seu plano, existe apenas um obstáculo: a voluntariosa, obstinada e irresistível Morgan Bedwyn.»

Depois do excelente livro que foi Ligeiramente Escandalosa, e da fantástica surpresa que tive com a personagem da Freyja, não pude esperar para ler o livro onde acompanhamos a Morgan. 
Como quem já leu algum livro desta série deve saber, a Morgan é a mais nova da família Bedwyn, tem apenas 18 anos e, neste livro, temos a sua apresentação oficial à sociedade e, contrariamente ao que acontece com os outros livros desta série, o romance aqui não surge completa e absolutamente do nada e como resultado do acaso, o romance aqui surge da vontade de vingança do Conde de Rosthorn devido a uma antiga confusão com o Wulfric, duque de Bewcastle, o seu pior inimigo e irmão mais velho da Morgan. Assim sendo, começa uma história de vingança enquanto que a Inglaterra se prepara para a Batalha de Waterloo prestes a rebentar perto da zona em que Morgan se encontra. 
Deixem-me desde logo dizer que, desde o início desta série, a personalidade das personagens femininas fez com que elas passassem mais despercebidas para mim relativamente aos irmãos, sendo que o Aidan e o Wulfric sempre foram aqueles que mais me chamaram a atenção. No entanto, no segundo livro passei a gostar imenso do Rannulff e no terceiro o humor da Freyja rapidamente me conquistou. E neste livro não foi diferente, ao fim de poucas páginas eu já estava apaixonada pela personalidade da Morgan e fez-me ficar ainda mais ansiosa pelo próximo livro, onde temos como protagonista um dos irmãos que também nunca me chamou muito a atenção, o Alleyne, que tinha sido, até este livro, o irmão menos presente. 
Uma diferença que senti logo a ler este livro comparativamente ao anterior foi que, no anterior, temos um ambiente mais leve e engraçado, enquanto que este livro tem uma presença e uma backstory das personagens mais pesada, assim como todo um cenário mais violento por causa da Batalha de Waterloo. 
Entretanto reparei apenas neste livro numa presença constante na série: as figuras maternas existente em todos até este, como a avó do Joshua no segundo livro e a mãe do Gervase neste. 
Como seria de esperar, e mesmo já não sendo protagonista neste livro, a Freyja continua a proporcionar ao leitor momentos muito engraçados e capazes de deixar as pessoas da época chocadas. 
No entanto, não pensem que a personalidade da Morgan foi ofuscada pela da irmã, na verdade, a personalidade da Morgan é, honestamente, extremamente forte e apaixonante, sem faltar aquela altivez tão característica dos Bedwyn. 
Mais perto do fim, a autora proporcionou uns momentos inesperados e fez-me acabar o livro com aquele sentimento de que ela nunca nos desilude, sendo que este livro apenas perdeu para o anterior por nada ultrapassar a comédia proporcionada pelos escândalos da Freyja e por ser um livro mais lento que o anterior. 
Como já era de esperar, volto a recomendar muito a série. 
Boas leituras.
(4 em 5 estrelas)

  • «-Já alguma vez pensou na sorte de termos sido beneficiados com tantos contrastes?
    • -Luz e sombra, som e silêncio, companhia e solidão - acrescentou. 
    • Sagrado e profano, grande e pequeno, guerra e paz - acrescentou ele. - Beleza e fealdade. 
    • -Ah não! Aí não há contraste, o que para nós pode parecer feio é sem dúvida bonito para alguém ou para qualquer outra coisa. A mais repugnante lesma é provavelmente bonita para outra lesma. Uma tempestade com chuva e frio é, sem dúvida, bonita para o agricultor que contempla, preocupado, os seus áridos campos.
    • -E o que aos nossos olhos pode parecer pequeno ou grande ver-se-á de forma muito diferente sob a perpetiva de um elefante ou de uma formiga. Os opostos não são mais do que duas faces da mesma moeda. Duas faces que não podem existir uma sem a outra.» - Página 51
  • «Os homens falam de prisão perpétua e de armadilhas para toda a vida quando se referem ao casamento, não é verdade? Mas o casamento deveria ser precisamente o contrário: duas pessoas que concordam em libertar-se uma à outra.» - Página 82
  • «É absurdo carregar com as culpas do passado quando o passado está morto e enterrado. Como se pode desfrutar do presente ou trabalhar para o futuro se não deixarmos de olhar para trás com um perpétuo pessimismo.» - Página 309

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