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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Tudo, Tudo... e Nós - Opinião

Tudo, Tudo... e Nós


Nome do livro: Tudo, Tudo... e Nós
Nome original do livro: Everything, Everything
Nome da Autora: Nicola Yoon
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 316 páginas
Sinopse: «Madeline Whittier observa o mundo pela janela. Tem uma doença rara que a impede de sair de casa. Apesar disso, Maddy leva uma vida tranquila na companhia da mãe e da sua enfermeira - até ao dia em que Olly, um rapaz vestido de preto, se muda para a casa ao lado e os seus olhares se cruzam pela primeira vez. De repente, torna-se impossível para Maddy voltar à velha rotina e ignorar o fascínio do exterior - mesmo que isso ponha a sua vida em risco. Nicola Yoon escreveu um livro comovente com uma mensagem para leitores de todas as idades.»

Opinião: Quando ouvi falar deste livro pela primeira vez fiquei bastante curiosa e mal vi que a Editorial Presença ia lançar o livro em Portugal soube que tinha de o comprar mal ele fosse lançado (especialmente depois de ver esta capa linda). E assim o foi. Comprei-o e não resisti a começar a lê-lo de seguida. Dois dias depois o livro estava terminado. 
O livro acompanha a Madeline, uma rapariga que tem uma doença rara que a impede de sair de casa. Tudo parece correr bem até que o Olly, um rapaz misterioso da idade dela, se muda para a casa da frente e dá uma vontade louca à Madeline de conhecer um mundo exterior. A partir daí, as coisas nunca mais vão ser as mesmas para nenhum dos dois. 
Algo que me surpreendeu logo no início foi que eu esperava uma forma normal de narrativa e afinal o livro é contado não só por texto mas também por desenhos e esquemas. Pelo meio dos textos temos também as "resenhas em forma de spoiler da Madeline" que são opiniões de livros de apenas umas 4/5 linhas que são extremamente engraçadas. 
Relativamente às personagens temos a incrível Madeline que nos faz descobrir o mundo todo outra vez através dos seus olhos, o Olly que a princípio gera uma certa estranheza no leitor mas que acaba por nos conquistar e uma enfermeira muito engraçada. Relativamente às outras personagens vou deixar para vocês as descobrirem. 
Quanto à ação do livro, uma vez que a história gira em torno de uma doença complicada, esperava que o livro tivesse um tom mais pesado, no entanto, a autora conseguiu criar uma história fantástica, capaz de fazer o leitor pensar sem, no entanto, lhe dar um tom mais obscuro. A Nicola Yoon consegue realmente lidar com a doença de uma forma extraordinária.  
Relativamente à edição tenho de mencionar esta linda capa (mais bonita que a original, na minha opinião) e o facto de que não encontrei nenhum erro no texto (o que ultimamente já é raro).  
Em geral é um livro fantástico e incrível e eu adorei completamente. Sem dúvida uma das minhas melhores de 2016 e mal posso esperar por ler o The Sun Is Also a Star (ainda sem edição em Portugal) desta mesma autora. Recomendo muito.
Boas leituras.

(5 em 5 estrelas)
Quotes/Melhores Momentos: 
  • «Desejar assusta-me. É como uma erva daninha que se espalha lentamente por baixo da nossa consciência. Sem darmos por isso, cobre tudo à nossa volta e escurece as nossas janelas.» - Página 91
  • «De uma coisa tenho a certeza: querer só nos leva  a querer mais. Não há fim para o desejo.» - Página 92
  • «Lembrou-se de quando estava sentado ao balcão da cozinha e misturava leite e o chocolate. De como o chocolate se tornava branco e de como o leite se tornava castanho e de como, às vezes, é impossível voltar a separar as coisas, por mais que queiramos.» - Página 118
  • «Observamos a forma como a água vai para trás e depois volta a bater na areia, tentando arrastar consigo a Terra. E apesar de isso não acontecer, ela vai para trás e volta, vezes e vezes sem conta, como se não houvesse uma última vez, nem uma próxima, como se só esta vez contasse.» - Página 240
  • «A matemática do Olly diz que não podemos prever o futuro. Mas afinal também não podemos prever o passado. O tempo move-se nas duas direções - para a frente e para trás - e aquilo que acontece aqui e agora altera esses dois momentos.» - Página 268
  • «A teoria do caos diz que a mais pequena alteração nas condições iniciais pode ter um resultado altamente imprevisível. Uma borboleta bate as suas asas agora e forma-se um furacão no futuro.
    • Mesmo assim. 
    • Acho que se conseguisse descobrir qual foi o momento, conseguiria desmontá-lo peça por peça, molécula a molécula, até chegar ao nível atómico, até chegar àquela parte que é inviolável e essencial. Se eu pudesse isolá-lo e compreendê-lo, talvez conseguisse fazer a alteração certa.» - Página 305
  • «Olho fixamente pela janela do avião e vejo quilómetros e quilómetros de áreas verdes divididas em quadrados perfeitos. Por baixo de nós, vejo dúzias de misteriosas piscinas de água azul-esverdeada com reflexos nas extremidades. Visto de tão alto, o mundo parece ordenado e racional. 
    • Mas eu sei que é mais do que isso. E menos. É estruturado e caótico. É belo e estranho.» - Página 309

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Adrian na Crise da Adolescência - Resenha

Adrian Mole na Crise da Adolescência


Sinopse: "Em plena adolescência, Adrian Mole continua profundamente atormentado pelos dramas e peripécias que se sucedem na sua vida. Como se não bastassem as borbulhas, as discussões dos pais e os arrufos com a sua amada Pandora, vê-se perante a mais inesperada das notícias – vai ter um irmão e... quase em simultâneo, um meio-irmão!! O que poderia acontecer-lhe de pior?"
Nome do livro: Adrian Mole na Crise da Adolescência
Nome original do livro: The Growing Pains of Adrian Mole
Nome no Brasil: Adrian Mole na Crise da Adolescência
Nome dos Autores: Sue Townsend
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 292 páginas
Resenha: Eu estava um bocado receosa para ler este livro pelo facto de ser para um público mais jovem e, no final, achei ainda mais problemas neste livro do que os esperados.
Este livro acompanha a história de Adrian Mole e é o seu 2º de muitos diários, e o facto do livro ser escrito em diário torna tudo mais interessante, mas de resto, não gostei de praticamente nada.
As personagens do livro são completamente malucas e irreais, isso vê-se logo pelo Adrian Mole em si que é tão ingénuo que quase dói ao leitor, e pelo facto dos seus pais serem completamente malucos (além de terem ambos amantes) e que a namorada do Adrian muda de paixão como quem muda de roupa, e não podem dizer que é por terem uns 12/13, porque neste livro já são mais velhos e não é algo que considero normal na idade das personagens.
Além disso, existem vários momentos do livro que não são, definitivamente, feitos para os mais novos, além de que mostra uma família onde realmente não gostam uns dos outros e demonstram isso abertamente, e isso não é algo que, na minha opinião, os mais jovens devam ler.
Mas, em geral, o maior erro foi, na minha opinião, as piadas forçadas. O livro está cheio delas e não me conseguiu fazer sorrir em nenhum desses momentos.
É um livro escrito de uma forma interessante sim, e como é para os mais novos espera-se que seja rápido de ler, mas este livro foi tortura só pelas personagens malucas e ingénuas e pelas piadas forçadas, além de que não consegui nenhuma frase/quote (que nos livros para os mais novos costumam aparecer nas lições de vida - que este livro não teve).
Para quem quer ler este livro, aviso que não acho que seja preciso ler o 1º, claro que se se ler o 1º ficasse a conhecer melhor as personagens, mas logo no início do livro tem um mapa familiar que explica tudo e que torna desnecessário lermos os outros.
Se recomendo o livro? Não, mesmo assim vou dar 2.5 estrelas porque, mesmo não tendo gostado, tenho a certeza que os mais novos iriam achar mais piada do que eu.

(2.5 em 5 estrelas)

sábado, 19 de dezembro de 2015

Espera Por Mim - Resenha

Espera Por Mim



Sinopse: "Passaram três anos desde que o amor de Adam ajudou Mia a recuperar após o trágico acidente que vitimou a sua família - e três anos desde que Mia decidiu afastá-lo da sua vida sem lhe dar explicações. Quando uma noite os seus caminhos se cruzam na cidade de Nova Iorque, ambos têm a oportunidade de se confrontar com os fantasmas do passado e de abrir o coração ao futuro. Mas conseguirão perdoar-se um ao outro antes de cada um ter de regressar à vida tal como a deixaram?"

Nome do livro: Espera Por Mim
Nome original do livro: Where She Went
Nome no Brasil: Para Onde Ela Foi
Nome do Autor: Gayle Forman
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 210 páginas
Resenha: Apesar de não ter gostado muito do "Se Eu Ficar" eu realmente gostei deste livro. Este livro mostra o que aconteceu à Mia e ao Adam depois do final de Se Eu Ficar e é contado mais pela perspetiva do Adam, e eu realmente gostei desta mudança de narrador, apesar de o Adam estar completamente avariado da cabeça neste livro.
O Adam neste livro não está mesmo nada bem, é que já praticamente nem com a banda se dá, e (para quem já não se lembra) a banda era das coisas mais importantes para ele, então é uma diferença muito grande do Adam do primeiro livro para o Adam deste livro.
No início de cada capítulo a autora colocou um excerto de uma suposta música escrita pelo Adam para a sua banda, e eu realmente gostei desta ideia porque dá um toque muito mais realista ao livro (um desses excertos está em baixo nas quotes).
Uma personagem que me irritou muito neste livro foi a Mia, ela neste livro age apenas a pensar nela, e eu não gostei dessa mudança de atitude tão drástica em comparação ao 1º livro.
O final deste livro não foi de todo inesperado, mas também teve pequenos pormenores que eu realmente não esperava.
Adorei o facto de isto ser uma duologia e não uma trilogia, no final do primeiro livro não achei que faltasse algo ao ponto de fazer um novo livro, mas fiquei feliz por o fazerem, porque é realmente um livro muito melhor que o primeiro e eliminou a má opinião que fiquei relativamente à autora no primeiro livro, na verdade, este livro fez-me gostar muito dela.
As atitudes da Mia foram a única coisa que me impediu de dar 5 estrelas a este livro, mas é um livro que recomendo imenso.
Boas leituras.
(4.5 em 5 estrelas)
Quotes/Melhores Momentos:
  • «Os boatos, mesmo os fundamentados, são como as chamas: corta-se o oxigénio e eles tremulam e morrem.» - Página 23
  • «Receava que alguém pudesse derrubar a porta e obrigar-me a dar explicações. No entanto, é esse o problema da morte. O murmúrio da sua descida espalha-se rápida e extensamente, e as pessoas deviam saber que eu me tornara um cadáver porque ninguém veio sequer ver o corpo.» - Página 51
  • (Uma das músicas supostamente escrita pelo Adam durante o livro) «No tambor do revólver, as balas são três / Ela diz que tenho de escolher: ou ela ou eu / Metal junto à têmpora, a explosão é atroadora / Lambe o sangue que me desfez / Só ela não morreu.» - Página 94

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Persuasão - Resenha

Persuasão


Sinopse: "É em Persuasão, o último romance acabado de Jane Austen, que encontramos a sua heroína mais notável – Anne Elliot. Naquela que é a sua obra mais amadurecida, que descreve uma órbita de afastamento nítida em relação ao tom predominantemente satírico dos seus anteriores romances, Austen trata o carácter e os afectos da protagonista de uma forma que, sem perder totalmente de vista a ironia, é, sem sombra de dúvida, muito mais terna, e anuncia já uma percepção mais aberta e dinâmica da personalidade e comportamentos humanos. Uma história de amor, desenvolvida com profundidade e subtileza, proporciona o campo ideal para um estudo reflectido, que sustenta na sua linha de horizonte o complexo relacionamento entre os dois sexos, e no qual homem e mulher surgem como seres moralmente análogos."
Nome do livro: Persuasão
Nome da Autora: Jane Austen
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 253 páginas
Resenha: Depois de amar Orgulho e Preconceito, eu finalmente decidi dar uma chance a mais um da Jane Austen, e ainda bem que o fiz, porque este livro só reforçou a posição de Jane Austen no meu top 5 de autores. Embora não tenha sido tão bom como Orgulho e Preconceito, é um livro bastante bom.
Anne, a personagem principal deste livro, e Elizabeth, a personagem principal de Orgulho e Preconceito, são completamente opostos, pelo que Anne se deixou persuadir pelas outras pessoas 8 anos atrás, perdendo a oportunidade de casar com o amor da sua vida.
Anne é praticamente ignorada por todas as pessoas e ao mesmo tempo persuadida, é uma personagem bastante diferente das normais de Jane Austen, mas é uma verdadeira heroína cheia de coragem.
Agora, 8 anos depois, ele está de volta. Mas certas coisas mudam com o tempo, e a Anne vai perceber isso.
Logo no início dos livros achei que os nomes se tornavam um bocado confusos, mas ao fim de umas páginas umas pessoa vai se adaptando.
Por volta do meio, algumas coisas parecem que se arrastam, mas são momentos necessários à história, então esses momentos são facilmente esquecidos perante o resto do livro.
Embora o final fosse esperado, eu simplesmente adorei, achei o final super bonito e romântico.
No final, o livro tem uma mensagem enorme sobre a separação, a espera e o amor verdadeiro que consegue aguentar até anos separado.
Foi um livro bastante fácil e rápido de se ler, visto que Jane Austen tem uma maneira viciante de escrever.
É um livro que recomendo completamente a qualquer pessoa. Os pequenos pontos negativos serviriam apenas para retirar meia estrela a esta grande obra, e arredondando para cima dá 5 estrelas que são muito bem merecidas a esta grande escritora.
Boas leituras.

Quotes/Melhores Momentos:
  • «Um marinheiro torna-se velho mais depressa do que qualquer outro homem.» - Página 26
  • «Que aqueles que desejam ser felizes sejam firmes!» - Página 93
Trailer da adaptação do livro para o cinema:


Resenha do filme AQUI 
Opinião do livro vs filme AQUI 

terça-feira, 21 de julho de 2015

As Crónicas de Spiderwick 2: A Pedra Mágica e 3: O Mapa Secreto - Opinião

As Crónicas de Spiderwick 2: A Pedra Mágica



Sinopse: "Graças ao livro misterioso deixado pelo há muito desaparecido tio-bisavô Arthur Spiderwick, a vida para os irmãos Grace - Jared, Simon e Mallory - torna-se mais imprevisível que nunca. Quando Simon sai à procura da sua gata e desaparece, Jared fica convencido de que uma das criaturas do Guia Prático do Mundo Fantástico, de Arthur Spiderwick está relacionada com o seu desaparecimento. Mallory não tem assim tanta certeza. Mas quando ela e Jared têm de lutar com um bando de goblins saqueadores, Mallory começa a pensar que talvez Jared tenha razão - Simon corre um grande perigo, e cabe-lhe a ela e a Jared salvá-lo."

Nome do livro: A Pedra Mágica
Nome dos Autores: Tony Diterlizzi e Holly Black
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 108 páginas 
Resenha: Decidi dar um tempo para continuar esta saga de 5 livros e li este bastante mais depressa do que li o primeiro. Na verdade, gostei mais deste, parece que não arrasta tanto, e como só tem 108 páginas lê-se em cerca de 1 ou 2 horas.
Este livro é, obviamente, a continuação do 1ª. Neste livro o Simon desaparece e cabe a Jared e Mallory ir à procura dele para o salvar, e este é o foco de praticamente todo o livro.
A Mallory neste livro não foi tão chata como no primeiro, o que foi um ponto muito mais positivo em comparação ao primeiro livro onde a irmã destes gémeos me irritava profundamente.
Só não gostei muito do facto de o Simon estar mais ausente neste livro, o que, obviamente, faz sentido vendo a premissa. Mas visto que o Simon é a minha personagem preferida, realmente gostava que ele tivesse aparecido mais, apesar de que neste livro, e mais uma vez, ele mostra ter um coração enorme, e o Jared mostra não ser assim tão diferente dele como parece no 1ª livro.
O livro é um bocado esperado, mas visto ser mais para o infantil ou para o infanto-juvenil, é totalmente compreensível e não é por isso que perde qualidade.
O Dedalete é que me irritou imenso neste livro, caramba, ele consegue mesmo ser chato, e se as coisas não forem como ele quer, ainda é mais irritante e tenta se vingar, o que é muito infantil.
A mãe não aparece tanto, o que eu gostei visto que também não sou a maior fã dela.
É um bom livro sim, apesar de que não posso contar mais nada pois iria começar a ser spoilers. Vou, definitivamente ler os 3 livros que me faltam e recomendo completamente.
Boas leituras.

As Crónicas de Spiderwick 3: O Mapa Secreto

Nome do livro: O Mapa Secreto
Nome dos Autores: Tony Diterlizzi e Holly Black
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 108 páginas 
Sinopse: «Porque será que as criaturas fantásticas querem tanto recuperar o livro de Arthur Spiderwick? Mallory e os gémeos, Jared e Simon decidem consultar a tia-avó Lucinda - e filha de Arthur - que vive há muito internada num hospício. Para espanto dos nossos amiguinhos ela está a par de tudo o que diz respeito ao Mundo Fantástico, ao que se passa na velha mansão e conta-lhes uma coisa espantosa acerca de Arthur... Lucinda sabe muito bem da existência do Guia Prático do Mundo Fantástico e é por isso que os adverte de que devem deixar imediatamente aquela casa mas é tarde demais! O Dedalete… Bem se queres mesmo saber o que está a acontecer desafiamos-te a acompanhar os três irmãos em mais esta galvanizante aventura!Que a história dos meus sobrinhos
seja um aviso.
Quanto mais souberes, maior é o perigo em que te encontras. Acredita em mim, tu não vais querer
intrometer-te na vida daqueles seres pequeninos!»


Resenha: Contra o que é meu costume, decidi publicar no mesmo post mais do que um livro desta série. O porquê? O facto de que este livro tem apenas 108 páginas faz com que eu não possa dizer praticamente nada sobre ele que não sejam spoilers. Assim sendo, deixo aqui apenas o que posso dizer (tenham em conta que posso falar algo dos dois livros anteriores):
Tal como nos anteriores, a Malory continuou a ser bastante irritante e a pensar sobretudo nela própria enquanto que a mãe parece não ver nada, mais uma vez, tudo igual ao de sempre. O Jared continua a ser  impulsivo como sempre mas neste livro realmente demonstra um bocado mais de inteligência. Ou seja, relativamente às personagens irritei-me com as do costumo e gostei da do costume: o Simon. Finalmente temos um vislumbre da famosa tia Luciana e sabemos um pouco mais do porquê de a considerarem maluca, e essa parte foi incrível.
A história em si é rápida e engraçada de ler mas continuo a achar que para livros tão pequenos e ilustrados é um desperdício serem cinco. Entretanto considerei a trama deste terceiro volume mais interessante do que os outros, e tenho esperança de que os outros ainda melhorem mais.
Algo que me deixou bastante feliz, e surpreendida, é o facto de que neste livro realmente consegui encontrar frases de que gostei. Deixo-vos então essas mesmas frases e recomendo a leitura desta série infanto-juvenil.
Boas leituras.

Quotes/Melhores Momentos:
  • «Mas parece que os humanos vivem muitos mais anos em cativeiro do que em liberdade.» - Página 74
  • «Quando se procura uma coisa deve ter-se a certeza de que se quer encontrá-la.» - Página 74 
(3.5 em 5 estrelas)

Trailer da adaptação dos 5 livros para o cinema:


quinta-feira, 2 de julho de 2015

As Crónicas de Spiderwick 1: O Livro Fantástico - Resenha

As Crónicas de Spiderwick 1: O Livro Fantástico


Sinopse: "Após o divórcio dos pais, os filhos de Grasse - os gémeos Jared e Simon e a sua irmã mais velha, Mallory - foram viver com a mãe para uma antiga mansão, já um tanto decadente, que pertencia à tia-avó, Lucinda, que vivia agora numa instituição. Antes mesmo de terem desfeito as malas, James começa a suspeitar de que não estão sós no casarão. Há ali alguém a viver entre aquelas paredes. As suas investigações acabam por levá-lo a descobrir um livro cheio de imagens de criaturas fantásticas - o Guia Prático do Mundo Fantástico, de Artur Spiderwick. E James descobre outra coisa ainda mais misteriosa: Arthur Spiderwick, o pai da tia-avó Lucinda, tinha sido dado como desaparecido..."

Nome do livro: As Crónicas de Spiderwick 1: O Livro Fantástico
Nome dos Autores: Tony Diterlizzi e Holly Black
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 128 páginas
Resenha: Penso que muita gente já ouviu falar da história destes 3 irmãos, nem que seja pelo filme no qual se reúne os 5 livros. O Livro Fantástico conta o início desta aventura, na qual Jared, a personagem que o livro foca mais, Simon, o irmão gémeo de Jared e Mallory, a irmã mais velha, se mudam, depois do divórcio dos país, para uma casa que pertencia a uma familiar que vivia numa instituição. Jared é visto pela própria família como conflituoso por não ter aceitado bem o divórcio dos país, enquanto que Simon é que é o menino que nunca faz asneiras. Naquela casa, os irmãos descobrem um livro pertencente a Artur Spiderwick, um homem dado como desaparecido. No entanto, aquele livro vai levar a uma grande dose de complicações do qual Jared vai levar a culpa. Então, durante o livro, vemos as aventuras destes três irmãos e o próprio elo de ligação entre Jared e a mãe.
Embora estes livros sejam de um género mais infantil e de que normalmente eu não gosto tanto, eu gosto bastante das Crónicas de Spiderwick, a história é fácil para o publico mais jovem entender e ao mesmo tempo não é básica e esperada, é uma ideia bastante original na verdade. Percebo que para as crianças, eles fizeram bem em separar a história por cinco livros, mas, por outro lado, acho que foi um bocado de desperdício visto que a história de dois livros podia estar apenas num.
Adoro as ilustrações deste livro, são lindíssimas, e muito trabalhadas.
Simon é aquela personagem por quem praticamente toda as pessoas se identificavam um bocado ou, no mínimo, identificam-na a alguém chegado. Mallory, por outro lado, eu achei muito irritante. Parece que por ser mais velha, acha que manda mais do que qualquer um dos irmãos e isso irrita-me, além de que a sua constante desconfiança pelo Jared é desnecessária. Jared é aquela personagem que adora aventuras e que, por isso, se mete constantemente em confusões, mas eu adorei o espírito de aventura dele, eu provavelmente ia fugir a correr em metade das situações em que ele esteve, mas ele não, ele é bastante corajoso e isso é algo que adoro nesta personagem.
Eu li esta coleção à bastantes anos e lembro-me perfeitamente da história, é uma história que. por ser tão diferente, nos fica registado na memória, mas eu vou definitivamente reler os outros quatro livros. Não consegui tirar qualquer frase que me chamasse a atenção mas espero que seja diferente nos outros livros.
Recomendo completamente a leitura para quem se quer entregar a algo mais jovem ou quer um livro leve.
Boas leituras.

Trailer da adaptação dos 5 livros para o cinema:



segunda-feira, 22 de junho de 2015

Cidades de Papel - Resenha

Cidades de Papel


Sinopse: "Quentin Jacobsen e Margo Roth Spiegelman são vizinhos e amigos de infância, mas há vários anos que não convivem de perto. As suas personalidades não podiam ser mais opostas, e foram justamente a irreverência e o espírito de aventura de Margo que sempre seduziram um Quentin muito mais tímido e reservado. Agora que se reencontraram, nas vésperas do baile de finalistas da escola que ambos frequentam, as velhas cumplicidades são reavivadas, e Margo consegue convencer Quentin a segui-la num engenhoso esquema de vingança. Mas Margo, sempre misteriosa, desaparece inesperadamente, deixando a Quentin uma série de elaboradas pistas que ele terá de descodificar se quiser alguma vez voltar a vê-la. Só que, quanto mais perto Quentin está de a encontrar, mais se apercebe de que desconhece quem é verdadeiramente a enigmática Margo. Um romance entusiasmante, sobre a liberdade, o amor e o fim da adolescência.»


Nome do livro: Cidades de Papel
Nome do Autor: John Green
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 298 páginas
Resenha: Não podia estar mais longe de concordar de quem diz que a A Culpa É Das Estrelas é melhor do que este livro. Achei este livro muito melhor e considero este o melhor livro do John Green até agora. Antes que me matem, deixem-me explicar, A Culpa É Das Estrelas gira muito em volta do aproveitar o momento e fazer com que os outros se lembrem de nós, e tem uma boa mensagem sim, mas acho que este tem uma mensagem ainda melhor. Este livro gira em torno da amizade e do amor, de como os sentimentos se conseguem manter mesmo anos depois, de nos descobrirmos a nós próprios e de descobrirmos os outros, é um livro incrível. E o motivo que dá título ao livro é simplesmente genial (vejam nas quotes). 
Este livro segue a história de Quentin, um rapaz que vive ao lado de Margo Roth Spiegelman, a rapariga incrível de quem ele gosta desde a infância quando eram amigos muito chegados, mas de quem se afastou com os tempos. Um dia, Margo entra no seu quarto durante a noite e pede a sua ajuda para algo que é uma das partes mais engraçadas e bem pensadas do livro. É nesse momento que percebemos o quão inteligente é a Margo. Mas quando a Margo desaparece, ele, os seus dois melhores amigos, e a ex melhor amiga de Margo juntam-se numa viagem para a tentar encontrar. 
O livro é simplesmente sensacional, sem palavras. 
Algo que eu achei super engraçado na escrita do autor foi o facto de que quase sempre que o Quentin diz o nome da Margo, ele diz Margo Roth Spiegelman, como se ela fosse uma super estrela daquelas que as pessoas dizem sempre o nome completo. 
Pelo trailer, parece que a viagem de carro para encontrar a Margo é o ponto principal do livro e não é, isso acontece muito mais para o fim, mas estou muito ansiosa pelo filme. 
Recomendo muito este livro. Boas leituras. 


Quotes/Melhores Momentos:
  • «Margo sempre adorou mistérios. E em tudo o que se seguiu nunca consegui deixar de pensar que se calhar ela adorava tanto os mistérios que acabou ela própria por se tornar num mistério.» - Página 17
  • «Sabias que, praticamente ao longo de toda a história humana, a esperança de vida média era inferior a trinta anos? Dava para contar com uns dez anos de vida adulta, certo? Não havia planeamento de reforma. Não havia planeamento de carreira. Não havia planeamento. Não havia tempo para planeamentos. Não havia tempo para o futuro. Mas depois a esperança de vida começou a aumentar, e as pessoas começara a ter cada vez mais futuro, e por isso passaram a pensar cada vez mais nele. A pensar no futuro. E agora a vida passou a ser o futuro. Mas depois a esperança de vida começou a aumentar, e as pessoas começaram a ter cada vez mais futuro, e por isso passara, a pensar cada vez mais nele. A pensar no futuro. E agora a vida passou a ser o futuro. Todos os momentos da nossa vida são vividos em função do futuro... vamos para o secundário para podermos ir para a faculdade, para podermos arranjar um bom trabalho para podermos arranjar uma boa casa, para podermos mandar os nossos filhos para a faculdade, para eles poderem arranjar um bom trabalho, para eles poderem arranjar uma boa casa, para eles poderem mandar os filhos deles para a faculdade.» - Página 40
  • «-O meu coração está a mil à hora - comentei. 
    • -É assim que sabemos que nos estamos a divertir.» - Página 50
  • «Tudo é mais feio ao perto.» - Página 62
  • «Daqui, não se vê a ferrugem, nem a tinta a pelar, nem nada disso, mas consegue perceber-se o que este sítio é realmente. Vê-se o quão falso tudo isto é. Nem sequer é suficientemente forte para ser feito de plástico. É uma cidade de papel. Quer dizer, olha bem: olha para aquelas ruas sem saída, aquelas ruas que se viram sobre si mesmas, todas as casas que foram construídas para caírem de podres. Todas estas pessoas de papel a viverem nas suas casa de papel, queimando o futuro para se aquecerem. Todos os miúdos de papel a beber cerveja que um vagabundo qualquer comprou para eles numa loja de conveniência de papel. Toda a gente enlouquecida com a psicose de possuir coisas. Tudo fino como papel e frágil como papel. E todas as pessoas também. Vivo aqui há dezoito anos e nunca, nem sequer uma vez na vida, me cruzei com alguém que se preocupasse com qualquer coisa realmente importante.» - Página 62
  • «E de repente sabia o que sentia Margo Roth Spielgman quando não estava a ser Margo Roth Spielgman: sentia-se vazia. Sentia os muros incontornáveis que a rodeavam. (...) O erro fundamental que sempre cometera, e que, em abono da verdade, ela sempre me levara a cometer, fora o seguinte: Margo não era um milagre. Não era uma aventura. Não era uma coisa maravilhosa e preciosa. Ela era uma rapariga.» - Página 199
  • «É difícil ir embora... até nos irmos embora. E depois é o raio da coisa mais fácil do mundo.» - Página 226
Trailer da adaptação do livro para o cinema:


«You will go to the paper towns and you will never come back»

Resenha do filme AQUI
Minha opinião do livro vs filme AQUI