segunda-feira, 22 de junho de 2015

Cidades de Papel - Resenha

Cidades de Papel


Sinopse: "Quentin Jacobsen e Margo Roth Spiegelman são vizinhos e amigos de infância, mas há vários anos que não convivem de perto. As suas personalidades não podiam ser mais opostas, e foram justamente a irreverência e o espírito de aventura de Margo que sempre seduziram um Quentin muito mais tímido e reservado. Agora que se reencontraram, nas vésperas do baile de finalistas da escola que ambos frequentam, as velhas cumplicidades são reavivadas, e Margo consegue convencer Quentin a segui-la num engenhoso esquema de vingança. Mas Margo, sempre misteriosa, desaparece inesperadamente, deixando a Quentin uma série de elaboradas pistas que ele terá de descodificar se quiser alguma vez voltar a vê-la. Só que, quanto mais perto Quentin está de a encontrar, mais se apercebe de que desconhece quem é verdadeiramente a enigmática Margo. Um romance entusiasmante, sobre a liberdade, o amor e o fim da adolescência.»


Nome do livro: Cidades de Papel
Nome do Autor: John Green
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 298 páginas
Resenha: Não podia estar mais longe de concordar de quem diz que a A Culpa É Das Estrelas é melhor do que este livro. Achei este livro muito melhor e considero este o melhor livro do John Green até agora. Antes que me matem, deixem-me explicar, A Culpa É Das Estrelas gira muito em volta do aproveitar o momento e fazer com que os outros se lembrem de nós, e tem uma boa mensagem sim, mas acho que este tem uma mensagem ainda melhor. Este livro gira em torno da amizade e do amor, de como os sentimentos se conseguem manter mesmo anos depois, de nos descobrirmos a nós próprios e de descobrirmos os outros, é um livro incrível. E o motivo que dá título ao livro é simplesmente genial (vejam nas quotes). 
Este livro segue a história de Quentin, um rapaz que vive ao lado de Margo Roth Spiegelman, a rapariga incrível de quem ele gosta desde a infância quando eram amigos muito chegados, mas de quem se afastou com os tempos. Um dia, Margo entra no seu quarto durante a noite e pede a sua ajuda para algo que é uma das partes mais engraçadas e bem pensadas do livro. É nesse momento que percebemos o quão inteligente é a Margo. Mas quando a Margo desaparece, ele, os seus dois melhores amigos, e a ex melhor amiga de Margo juntam-se numa viagem para a tentar encontrar. 
O livro é simplesmente sensacional, sem palavras. 
Algo que eu achei super engraçado na escrita do autor foi o facto de que quase sempre que o Quentin diz o nome da Margo, ele diz Margo Roth Spiegelman, como se ela fosse uma super estrela daquelas que as pessoas dizem sempre o nome completo. 
Pelo trailer, parece que a viagem de carro para encontrar a Margo é o ponto principal do livro e não é, isso acontece muito mais para o fim, mas estou muito ansiosa pelo filme. 
Recomendo muito este livro. Boas leituras. 


Quotes/Melhores Momentos:
  • «Margo sempre adorou mistérios. E em tudo o que se seguiu nunca consegui deixar de pensar que se calhar ela adorava tanto os mistérios que acabou ela própria por se tornar num mistério.» - Página 17
  • «Sabias que, praticamente ao longo de toda a história humana, a esperança de vida média era inferior a trinta anos? Dava para contar com uns dez anos de vida adulta, certo? Não havia planeamento de reforma. Não havia planeamento de carreira. Não havia planeamento. Não havia tempo para planeamentos. Não havia tempo para o futuro. Mas depois a esperança de vida começou a aumentar, e as pessoas começara a ter cada vez mais futuro, e por isso passaram a pensar cada vez mais nele. A pensar no futuro. E agora a vida passou a ser o futuro. Mas depois a esperança de vida começou a aumentar, e as pessoas começaram a ter cada vez mais futuro, e por isso passara, a pensar cada vez mais nele. A pensar no futuro. E agora a vida passou a ser o futuro. Todos os momentos da nossa vida são vividos em função do futuro... vamos para o secundário para podermos ir para a faculdade, para podermos arranjar um bom trabalho para podermos arranjar uma boa casa, para podermos mandar os nossos filhos para a faculdade, para eles poderem arranjar um bom trabalho, para eles poderem arranjar uma boa casa, para eles poderem mandar os filhos deles para a faculdade.» - Página 40
  • «-O meu coração está a mil à hora - comentei. 
    • -É assim que sabemos que nos estamos a divertir.» - Página 50
  • «Tudo é mais feio ao perto.» - Página 62
  • «Daqui, não se vê a ferrugem, nem a tinta a pelar, nem nada disso, mas consegue perceber-se o que este sítio é realmente. Vê-se o quão falso tudo isto é. Nem sequer é suficientemente forte para ser feito de plástico. É uma cidade de papel. Quer dizer, olha bem: olha para aquelas ruas sem saída, aquelas ruas que se viram sobre si mesmas, todas as casas que foram construídas para caírem de podres. Todas estas pessoas de papel a viverem nas suas casa de papel, queimando o futuro para se aquecerem. Todos os miúdos de papel a beber cerveja que um vagabundo qualquer comprou para eles numa loja de conveniência de papel. Toda a gente enlouquecida com a psicose de possuir coisas. Tudo fino como papel e frágil como papel. E todas as pessoas também. Vivo aqui há dezoito anos e nunca, nem sequer uma vez na vida, me cruzei com alguém que se preocupasse com qualquer coisa realmente importante.» - Página 62
  • «E de repente sabia o que sentia Margo Roth Spielgman quando não estava a ser Margo Roth Spielgman: sentia-se vazia. Sentia os muros incontornáveis que a rodeavam. (...) O erro fundamental que sempre cometera, e que, em abono da verdade, ela sempre me levara a cometer, fora o seguinte: Margo não era um milagre. Não era uma aventura. Não era uma coisa maravilhosa e preciosa. Ela era uma rapariga.» - Página 199
  • «É difícil ir embora... até nos irmos embora. E depois é o raio da coisa mais fácil do mundo.» - Página 226
Trailer da adaptação do livro para o cinema:


«You will go to the paper towns and you will never come back»

Resenha do filme AQUI
Minha opinião do livro vs filme AQUI

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