terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Guerra e Paz - Resenha (Em atualização)

Guerra e Paz

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Sinopse: Guerra e Paz é um verdadeiro monumento da literatura universal. Tolstói descreve as guerras movidas por Napoleão contra as principais monarquias da Europa, dissecando as origens e as consequências dos conflitos e, principalmente, expondo as pessoas e as suas vulnerabilidades com uma aguda perceção psicológica. O enredo deste romance cobre toda a campanha de Napoleão na Áustria, a invasão da Rússia pelo exército francês e a sua retirada, entre 1805 e 1820. Neste quadro épico movem-se mais de 550 personagens, além dos elementos das famílias aristocráticas principais, Tolstói criou um retrato realista e incisivo da sociedade russa de inícios do século XIX, denunciando o preconceito e a hipocrisia da nobreza, ao lado da miséria dos soldados e servos. Este romance presta-se ainda a expor as ideias do autor sobre o sentido da vida e a desenvolver as suas reflexões filosóficas em favor de uma sociedade mais justa e fraterna. O legado literário de Tolstói figura a par do de outros grandes escritores russos do século XIX entre os quais se destacam Dostoiévski, Pushkin, Turgueniev e Tchekov.

Nome do livro: Guerra e Paz (divido em 4 volumes)
Nome original do livro: Voiná i mir
Nome no Brasil: Guerra e Paz
Nome do Autor: Lev Tolstói
Editora: Editorial Presença

Guerra e Paz: Livro 1


Número de páginas: 324 páginas
Resenha: Depois de ouvir tantos elogios a este grande clássico decidi aventurar-me na sua leitura e, infelizmente, não gostei tanto como a maior parte das pessoas. Se vou ler os 3 que se seguem a este? Sem dúvida, mas não estou super curiosa e ansiosa para ler o próximo.
Este livro vai seguir a batalha entre a Rússia e a França e muita da nobreza (e alguns soldados) envolvidos, como o príncipe Andrei (uma das personagens principais mais acompanhadas) que parte para lutar na guerra nos primeiros capítulos do livro.
Antes de tudo, o que mais me irritou nesta edição: o facto de ter muitas expressões em francês que não foram traduzidas, simplesmente as puseram em notas de rodapé, o que por si já é chato de ver e meio que bloqueia a leitura, mas torna-se ainda mais chato porque as palavras mais difíceis ou termos históricos que costumam ter a explicação nas notas de rodapé não lá estão porque lá estão as traduções do francês, é preciso ir às últimas páginas do livro para ver essas explicações, é completamente irritante.
Quanto à obra em si, acho que existem demasiadas personagens, o que torna tudo mais confuso. Para ser mais fácil ler, comecei por fazer uma lista das personagens, o que não correu bem e tive de desistir logo porque eram demasiados nomes.
Outra coisa que dificultou a leitura foi o facto de que está sempre a mudar de ação, ou seja, numa altura acompanha algo que está a acontecer num sítio e a seguir já está num sítio completamente diferente, o que também acaba por dificultar, e muito, o fluir da leitura.
O livro em si eu achei muito chato e algumas personagens muito irritantes, e foi um livro que realmente me custou a ler, apesar de, para o final, o livro ficar melhor e a ação deixar de ser tão chata. Uma vez que a ação se torna muito melhor para o fim eu realmente acho que este primeiro livro quase todo foi meio que uma introdução para toda a verdadeira ação da guerra que começou nos últimos capítulos deste primeiro volume e que, espero eu, vai continuar nos outros todos.
É um livro que eu acabo por recomendar só mesmo por ser um clássico e porque eu vou ler os outros 3 na esperança de que melhore.
Boas leituras.
(3 em 5 estrelas)

Quotes/Melhores Momentos:
  • «Se toda a gente combatesse apenas pelas convicções não haveria guerra.» - Página 38
  • «Tantas vezes pecamos, tantas vezes enganamos os outros, e para quê? (...) Tudo acaba com a morte, tudo. A morte é terrível.» - Página 119
  • «A juventude não impede a coragem.» - Página 392
Guerra e Paz: Livro 2

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Número de páginas: 429 páginas
Resenha: Então eu finalmente decidi ler o segundo livro (dos quatro) que compõe este grande clássico e eu acho sinceramente que este vai ser o meu preferido dos quatro, porque eu realmente surpreendi-me com o quanto eu gostei desta segunda parte, que é realmente mais viciante que a primeira.
Este livro começa com o regresso de Nikolai e, mais uma vez, mostra as dificuldades financeiras da família. Entretanto também Natasha se tornou uma mulher com uma aparência mais desejável.
Um dos pormenores que me agradou no livro logo desde o princípio foi a diminuição das expressões em francês relativamente à primeira parte, o que deixa a leitura bem mais fluída.
Também como no primeiro, este livro salta de ação em ação e de tempo em tempo, mas acaba por se tornar fácil de acompanhar.
Um dos pontos altos deste livro é o romance entre o Andrei e a Natasha que, apesar de terem bastante idade de diferença, ficam incrivelmente bem juntos, e eu adorei a relação entre eles. Ao mesmo tempo, houve o desenrolar da relação entre a Sonia e o Nikolai que parece, finalmente, saber o que quer.
Apesar disso, o Nikolai foi das personagens que mais me irritou durante a primeira parte do livro. Relativamente à segunda parte do livro, foi a que me fez diminuir o livro de 5 estrelas para 4. O porquê? Simples. Irritou-me profundamente a infantilidade da Natasha, o quão facilmente influenciada ela é, e como isso a leva a ser precipitada. Mas o que está na origem de todos estes defeitos ainda é o que me irrita mais, a sua vaidade. A Natasha neste livro é uma mulher fisicamente mais madura e disperta mais a atenção, mas isso leva-a a ser demasiado vaidosa.
Depois temos o final do livro que eu não gostei e que me leva a pensar que eu não vou gostar muito do desenrolar dos acontecimentos no terceiro. Para mim, o livro podia ter acabado a meio, mas não, o Tolstói tinha de me destruir o coração, e tenho um pressentimento que só vai continuar a destrui-lo mais.
Eu obviamente recomendo este livro, não só por ser um clássico, mas também por ser um excelente retrato da Rússia desta época.
Boas leituras.
Quotes/Melhores Momentos:
  • «Morremos e acaba tudo. Morremos e ficamos a saber tudo, ou deixamos de perguntar.» - Página 82 
  • «Deixemos que os mortos enterrem os mortos, mas enquanto vivemos é preciso viver e ser feliz» - Página 247
  • «E todos eles lutam e sofrem, e fazem sofrer, e atormentam a alma, a sua alma eterna, para conseguirem um bem que dura um instante. Nós só o sabemos nós próprios - Cristo, filho de Deus, desceu à terra e disse-nos que esta vida é momentânea, que é uma prova - mas continuamos a agarrar-nos a ela e pensamos encontrar nela a felicidade. Como é que ninguém percebe isso?» - Páginas 273 e 274



(Resenha do livro 3 e 4 brevemente - esta página vai sendo atualizada à medida que as leituras forem sendo terminadas)






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