Os Demónios de Berlim
Nome do Autor: Ignácio Del Valle
Editora: Porto Editora
Número de páginas: 365 páginas
Sinopse: «Berlim, 1945. Os soviéticos avançam, imparáveis, pelas ruas repletas de escombros. Em toda a cidade a luta é violenta, e a derrota alemã está iminente. Arturo Andrade está no meio de todo aquele caos. A sua missão: localizar Ewald von Kleist, que acaba por encontrar morto na chancelaria do Reich com um misterioso bilhete nos bolsos.
Começa assim este thriller escrito com paixão e rigor documental que, com um ritmo que não dá tréguas ao leitor, nos aproxima de uma personagem que deverá enfrentar múltiplos demónios, os alheios e os seus próprios, para salvar a única coisa que parece escapar a este contexto atroz: o amor de uma mulher.»
Número de páginas: 365 páginas
Sinopse: «Berlim, 1945. Os soviéticos avançam, imparáveis, pelas ruas repletas de escombros. Em toda a cidade a luta é violenta, e a derrota alemã está iminente. Arturo Andrade está no meio de todo aquele caos. A sua missão: localizar Ewald von Kleist, que acaba por encontrar morto na chancelaria do Reich com um misterioso bilhete nos bolsos.
Começa assim este thriller escrito com paixão e rigor documental que, com um ritmo que não dá tréguas ao leitor, nos aproxima de uma personagem que deverá enfrentar múltiplos demónios, os alheios e os seus próprios, para salvar a única coisa que parece escapar a este contexto atroz: o amor de uma mulher.»
Opinião: Finalmente decidi ler este livro que estava parado na minha estante à demasiado tempo e, infelizmente, não foi tão bom como eu esperava.
O livro segue o Arturo enquanto, em plena guerra, ele tenta desvendar um mistério e manter aqueles que ama vivos.
Os meus problemas com o livro começaram logo no início quando o Arturo nos é apresentado. Para mim, ele parece-me ser uma personagem muito irreal tendo em conta o ano e a situação histórica em que o livro se passa, e eu não gostei disso.
A forma de escrita do autor acabou por ser bastante boa por ser divertida e cativante em alguns pontos.
Outro dos problemas que eu tive com o livro foi o facto de que são referidos vários cargos e locais em alemão sem que haja qualquer explicação, o que torna muito mais difícil a compreensão da ação. Depois temos ainda o problema que, no inicío, a forma de escrever do autor cativava, mas, a partir de um ponto, os parágrafos ficam compridos e cheios de descrições, o que torna mais complicado acompanhar todos os acontecimentos do livro. À escrita junta-se ainda o facto de que o autor, a meu ver, continua a descrever momentos que me parecem muito irreais.
Apesar de todos estes problemas, o livro tem frases realmente muito boas. Outra parte que eu também gostei foi que as descrições das cenas de violência e horror são tão bem feitas que o leitor sente que está na cena e acaba por ser realista.
Em geral, o livro teve partes que gostei muito e outras que detestei, o que me deixa sem saber bem o que sentir relativamente à história.
Uma vez que o livro tem pesquisa histórica por trás, é realmente interessante ver o fanatismo que havia durante a 2ª Guerra Mundial e o final foi realmente muito bonito. Apesar de ter tido vários problemas com o livro, recomendo sim.
Boas leituras.
(3 em 5 estrelas)
Quotes/Melhores Momentos:
- «Como homens não somos nada, mas integrados numa causa somos invencíveis.» - Página 39
- «O heroísmo é para as pessoas que não têm futuro.» - Página 44
- «Permaneceram na cama, olhando pelas pequenas janelas da mansarda, enfeitiçados pela beleza do mundo, a insuportável beleza que a iminência da desintegração confere.» - Página 45
- «Um rei executa sempre quem o viu chorar como príncipe.» - Página 142
- «O pecado é a via mais rápida para a santidade.» - Página 224
- «Um inocente defende-se sempre de modo diferente. Era a primeira coisa que tinha aprendido naquela guerra: que as mentiras são estáveis, ao passo que as verdades são contraditórias.» - Página 228
- «Só há duas maneiras de nos escondermos, utilizando um disfarce ou mostrando-nos descaradamente.» - Página 231
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