sábado, 5 de dezembro de 2015

Caçadores de Cabeças - Resenha Dupla

Caçadores de Cabeças


Sinopse: "Roger Brown é um vilão sedutor, um homem que parece ter tudo: é o caçador de cabeças mais bem-sucedido da Noruega - procura e seleciona altos quadros para as maiores empresas -, casado com uma elegante galerista e proprietário de uma casa luxuosa. Mas, por detrás desta fachada de sucesso, Roger Brown gasta mais do que pode e dedica-se ao perigoso jogo do roubo de obras de arte.Na inauguração de uma galeria, a mulher, Diana, apresenta-o ao holandês Clas Greve e Roger percebe imediatamente que não pode deixar escapar aquela oportunidade. Clas Greve não é apenas o candidato perfeito ao cargo de diretor-geral que ele tem de recrutar para a empresa Pathfinder, como ainda tem em seu poder o famoso quadro de Rubens, A Caça ao Javali de Caledónia. Roger identifica aqui a possibilidade de se tornar financeiramente independente e começa a planear o seu maior golpe de sempre. Mas depressa se vê em apuros - e desta vez não são financeiros.
Em Caçadores de Cabeças, Jo Nesbo envolve-nos numa conspiração explosiva nos meandros da elite industrial e financeira, que culmina no submundo de assassinos contratados e vigaristas. Uma sucessão de homicídios surpreendentes, perseguições e fugas espetaculares, capazes de prender até à última página o mais exigente dos leitores."


Nome do livro: Caçadores de Cabeças
Nome em Inglês: Headhunters
Nome no Brasil: Headhunters
Nome do Autor: Jo Nesbø
Editora: LeYa
Número de páginas: 188 páginas
Resenha: Admito que tinha muitas esperanças relativamente a este livro. A sinopse deixou-me cheia de curiosidade, e quando acabei o prólogo, estava a morrer de vontade de saber o que acontecia e pensei que realmente ia ser um livro fácil de ler. Bem, não foi.
O livro acompanha o Roger Brown, um caçador de cabeças (muito bem sucedido, por sinal) que, secretamente, rouba obras de arte. Durante o livro, Roger decide dar o maior golpe da sua vida quando tenta roubar a Greve um quadro desaparecido desde a 2ª Guerra Mundial, mas existe um pequeno problema: ele não é o único que sabe enganar as pessoas, e uma perseguição enorme e surpreendente começa.
Só o Roger Brown por si só é uma personagem muito curiosa mas, nuns momentos ele é a pessoa mais inteligente do livro e do nada parece tão burro que demora a perceber o que o leitor já percebeu à muito. O facto de ele ser tão inteligente acaba por o tornar ligeiramente maniento, como se fosse a melhor pessoa à fase da Terra e soubesse tudo o que as pessoas iam fazer a seguir, isto até que acaba por ser bom porque é incrível ver a reação dele quando as coisas não acontecem como ele esperava.
O livro até que nem estava a ser mau até que a partir de metade do livro a ação se tornou muito lenta. Quando se está a umas 40 páginas do fim do livro não é bom que esteja tudo a ser lento, pelo contrário, devia ser o momento em que a ação se torna mais agitada.
O livro teve algumas descrições que me arrepiaram toda, desde descrições de cheiro a coisas que a personagem estava a ver ou a sentir, algumas realmente reviraram-me o estômago.
Admito sim que os acontecimentos são bastante inesperados e eu, definitivamente, não estava a ver aquele final, no entanto, não foi um livro que eu realmente gostei, na verdade, custou-me bastante a ler de tão chatas que eram algumas partes.
O livro tem ainda um filme que eu não posso dizer-vos se gostei ou não pois não o vi.
Assim sendo, não é um livro que eu recomende, mas para quem gosta de policias, especialmente aqueles muito descritivos, vai gostar bastante destes.
Boas leituras.
- Pan

Quotes/Melhores Momentos:
  • «O número de horas que o homem moderno passa a comunicar é o sêxtuplo dos nossos antepassados. Por conseguinte, comunicamos mais, mas será que comunicamos melhor?» - Página 84
Outra Resenha:
O livro Caçadores de Cabeças de Jo Nesbo fala de Roger Brown, o caçador de cabeças mais bem-sucedido da Noruega.
Este policial, que foi adaptado ao cinema em 2011, é, de facto, intrigante. Não só por ter como personagem principal um homem com quem, de início, dificilmente se consegue relacionar ou sentir qualquer tipo de empatia, mas também por ter como plano de fundo um espaço socio-cultural que nem todos são afortunados de disfrutar. Apesar de ser intrigante, tenho que admitir que não me prendeu de modo a querer devorar a história em meia dúzia de horas. Tornou-se um pouco maçudo de ler, mesmo tendo apenas umas míseras 188 páginas. Mas, felizmente para mim que estava a ler o livro quase que por obrigação, mais ou menos a meio, as reviravoltas começaram a aparecer. Uma atrás da outra, qual a mais inesperada, a verdade é que tornaram a obra muito mais interessante.
Tendo em conta que este é apenas o segundo policial que li, não posso analisar, de maneira alguma, os crimes cometidos, quer pelas personagens, quer pelo autor na maneira de descrever algo ou nalgum tipo de facto apresentado. O que posso dizer é que a intercalação entre o momento presente e o passado familiar de Roger está muito bem feito. Acabei o livro a saber quem é Roger Brown, incluindo a sua infância, sendo que este fez questão em parar a história do momento para dar algum tipo de informação que possa servir de explicação para algum tipo de atitude ou comportamento. A nível de escrita propriamente dita não tenho nada a dizer. Nesbo não tem um poder descritivo incrivelmente detalhado como Murakami, mas as suas descrições são o suficiente para agarrar o leitor e transportá-lo para o local ou para a situação.
De modo geral, gostei. É, sem qualquer sombra de dúvida, um bom livro. Perfeito para iniciantes ao género como eu devido à descrição de momentos macabros ser atenuada, não sendo a suficiente para ferir susceptibilidades. Recomendo.
(a outra leitora não encontrou nenhuma frase que lhe chamasse a atenção)


Trailer da adpatação do livro para o cinema:


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