sábado, 16 de julho de 2016

O Vencedor Está Só - Resenha

O Vencedor Está Só

Sinopse: «A acção, em ritmo acelerado, passa-se em 24 horas, durante o Festival de Cinema de Cannes. Mas não é a indústria cinematográfica que está em jogo para Igor Dalev, o empresário russo que chega à cidade francesa com a obsessão de recuperar Ewa, o grande amor da sua vida. Para chamar a atenção da ex-mulher, Igor transforma-se num assassino em série. Em torno desta mente doentia estão produtores, actores consagrados, candidatas a actriz, top models e estilistas, num retrato impiedoso da Superclasse, a elite, da elite que define o rumo da vida dos nossos dias.»
Nome do livro: O Vencedor Está Só
Nome original do livro: O Vencedor Está Só
Nome no Brasil: O Vencedor Está Só
Nome do Autor: Paulo Coelho
Editora: Pergaminho
Número de páginas: 350 páginas
Resenha: O ano passado fui apresentada pela primeira vez a Paulo Coelho com o livro Veronika Decide Morrer e o livro não foi exatamente como eu esperava. Depois de me recomendarem o Onze Minutos, eu decidi ler o livro do autor que mais me chamava a atenção, O Vencedor Está Só.
A história do livro passa-se em pouco tempo durante o Festival de Cannes, um festival que se realiza todos os anos em Cannes, na França, e acompanha o Igor, um homem magoado com a mulher que o trocou e revoltado com a vida e que vai à procura de reconquistar e castigar a mulher e o mundo que o magoou, ao mesmo tempo que vai retratar a superclasse que deixa o dinheiro e a fama controlar as suas vidas.
Um dos grandes problemas com que me deparei no livro foi com as constantes mudanças de personagem que acabam por tornar o livro confuso e que deixa o leitor sem perceber o porquê de acompanhar-mos momentos insignificantes de certas personagens.
Quando o Igor nos é apresentado percebemos desde logo que é uma pessoa completamente maluca mas com um conhecimento e uma calma fora do normal, sendo que durante o livro, e por diversas vezes, ele lança curiosidades que são bastante interessantes.
Uma das coisas que eu mais gostei ao longo do livro foi do retrato que é feito do mundo dos famosos e como eles se deixam levar pelo dinheiro e pela fama, e como as pessoas se esforçam (e abdicam) demasiado para conseguir atingir o topo.
Apesar da personagem principal ser fria e maluca, e de ser o vilão, eu acabei por encontrar-me a torcer para que ele se safa-se dos problemas.
Relativamente ao final, os acontecimentos perto do final são bastante esperados, mas os acontecimentos do final em si não o são.
É um bom livro sim, apesar de que em alguns momentos senti-me a arrastar muito a leitura. Apesar disso, é um livro que recomendo.
Boas leituras.
(4 em 5 estrelas)

Quotes/Melhores Momentos:
  • «Mas o desespero é capaz de enganar o desesperado.» - Página 16
  • «As pessoas nunca estão satisfeitas com nada. Se têm pouco, querem muito. Se têm muito, querem ainda mais. Se têm ainda mais, desejam ser felizes com pouco, mas são incapazes de fazer qualquer esforço nesse sentido. 
    • Será que não entendem que a felicidade é uma coisa tão simples? O que queria aquela rapariga que passou a correr, vestida de jeans e blusa branca? O que poderia ser assim tão urgente que a impediu de contemplar o sol, o mar azul, as crianças nos seus carrinhos, as palmeiras na orla da praia?
    • Não corra, rapariga! Nunca poderá fugir das duas presenças mais importante na vida de qualquer ser humano: Deus e a morte. Deus está a acompanhar os seus passos, irritado porque vê que não presta atenção ao milagre da vida. E a morte? Você acaba de passar por um cadáver e nem sequer reparou nele.» - Página 46
  • «O nome faz com que alguém se transforme num indivíduo único e especial, com passado e futuro, ascendentes e possíveis descendentes, conquistas e derrotas. As pessoas são os seus nomes.» - Página 54
  • «As pessoas ouvem, aceitam - porque não têm escolha. A Superclasse manda no mundo, os seus argumentos são doces, a sua voz é suave, o seu sorriso delicado, mas as suas decisões são definitivas. Eles sabem. Eles aceitam ou rejeitam. Eles têm o poder. 
    • E o poder não negoceia com ninguém, apenas consigo mesmo. (...) Tanto no mundo da ficção como no mundo real, existia sempre um herói.» - Página 71 e 72
  • «Como podemos ser tão arrogantes? O planeta é, foi e será sempre mais forte do que nós. Não podemos destruí-lo; se ultrapassarmos uma determinada fronteira, este encarregar-se-á de nos eliminar por completo da sua superfície, e continuará a existir. Porque não começam a falar em não deixar que o planeta nos destrua?» - Página 152
  • «Faz mal à saúde estar vivo. Acabamos sempre por morrer, mais cedo ou mais tarde.» - Página 309

Sem comentários:

Enviar um comentário