domingo, 5 de novembro de 2017

Deixa-me Ir/Leave Me - Opinião (Book Review)

Deixa-me Ir

Nome do livro: Deixa-me Ir
Nome original do livro: Leave Me
Nome da Autora: Gayle Forman
Editora: Editorial Presença
Número de páginas: 300 páginas
Sinopse: «Maribeth Klein é mãe de gémeos e editora de uma revista de moda. Conciliar essas duas facetas da vida tem sido um desafio quase impossível e Maribeth sente-se esgotada. A azáfama do dia a dia, cada vez mais intensa, não a deixa parar um segundo, nem para perceber que acaba de ter um ataque cardíaco.
Durante a recuperação, dispondo finalmente de algum tempo para pensar, Maribeth decide fazer as malas e partir. Longe das obrigações familiares e apoiada por novas amizades, pode por fim lidar com os problemas que a atormentam há muito e enveredar por uma jornada de descoberta que lhe permitirá perceber o que é realmente importante.»

A minha relação com a escritora Gayle Forman tem sido complicada: quando o seu nome explodiu, experimentei ler o Se Eu Ficar e não gostei. Decidida a dar outra hipótese à autora, optei por ler o Espera Por Mim e fui conquistada. Nos últimos anos ela tem lançado outros livros que me têm despertado o interesse, o que me levou a experimentar o seu primeiro romance mais adulto e, devo dizer, que até gostei.
O livro acompanha a história de Maribeth Kelin, uma mãe, esposa e trabalhadora que, um dia, como resultado da sua vida demasiado atarefada, tem um ataque cardíaco. Ainda com o pânico recente do susto na sua mente, Maribeth decide fazer as malas e dar uma pausa na sua vida, afastando-se de tudo e de todos aqueles que conhecia e a história desenrola-se à volta desta nova hipótese.
Tendo em conta o meu historial com a autora, comecei sem expetativas nenhumas mas sempre tendo em mente que este livro tem um bom número de críticas negativas.
A parte inicial em si, quando somos apresentados à vida da personagem principal, é bastante boa. No entanto, quando começamos a passar mais tempo com a família dela, eu comecei a ficar irritada, especialmente pela filha dela de 4 anos a quem a Maribeth não consegue impor qualquer respeito e de quem a filha faz tudo o que quer, incluindo quando a mãe acaba de ter um ataque cardíaco e a filha lhe fala como se ela fosse o diabo na Terra.
Depois dão-se momentos cruciais para a história que eu não vou, obviamente, aqui enumerar. No entanto, por volta das 150 páginas, o livro simplesmente entra num momento em que ou não acontece nada ou acontece mas acaba com a Maribeth a irritar-me porque, tendo em conta que é uma mulher adulta e com vida feita, ela toma decisões muito questionáveis.
Entretanto entramos nas últimas cem páginas e é aqui que, para mim, o livro começa a ficar melhor, embora não possa, por questões de spoilers, enumerar os motivos.
Relativamente às personagens, a Maribeth conseguiu irritar-me imenso mas esse sentimento passou despercebido ao conhecer os novos amigos dele que são, sem sombra de dúvida, as melhores personagens deste livro, sendo que o Todd se destacou como a pessoa mais engraçada e ainda me rendeu umas boas gargalhadas. 
Tendo em conta tudo o que acabei de referir anteriormente, concluo que é um livro com muitas falhas e em que a personagem principal é daquelas capazes de irritar qualquer pessoa. No entanto, e apesar de tudo, eu gostei da leitura e espero que a autora, no futuro, melhore as suas personagens mais adultas. 
Relativamente à edição, só tenho a dizer que estou completa e absolutamente apaixonada pela capa do livro. 
Em suma, é um livro que recomendo sim, e vou dar mais uma oportunidade aos livros da autora.
Boas leituras.
(3 em 5 estrelas)

  • «Estava em queda livre agora. E isso não estava a dar cabo dela. De facto, começava a perguntar-se se o teria visto ao contrário. Toda aquela fixação na queda... talvez devesse ter prestado mais atenção à parte do livre.» - Página 252 
  • «Então era assim que se passavam as coisas. As pessoas entravam na nossa vida. Algumas ficavam. Outras não. Algumas afastar-se-iam, mas acabariam por voltar.» - Página 299 

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