terça-feira, 26 de julho de 2016

Os Maias - Opinião

Os Maias


Sinopse: «Eça de Queirós publicou "Os Maias", considerada a maior obra do autor e um dos grandes clássicos da literatura portuguesa, em 1888, onde conta a história de uma família (Maia) ao longo de três gerações. É através desse romance que Eça compõe um retrato mordaz e acutilante do Portugal da época, centrado na visão da alta sociedade lisboeta. Inovador no estilo e na técnica narrativa, "Os Maias" é o livro mais ambicioso de Eça, que o considerou a sua obra-prima.»
Nome do livro: Os Maias
Nome original do livro: Os Maias
Nome no Brasil: Os Maias
Nome do Autor: Eça de Queirós
Editora: Clube do Autor
Número de páginas: 601 páginas
Resenha: Eu nunca tive um grande amor pelos livro Os Maias. Quando, ainda no 11º ano, tive de o ler para a escola achei o livro bem chato e não o consegui ler. Então à uns tempos eu olhei para a minha estante e vi-o. Lembrei-me de como o tinha abandonado e de como eu nunca abandono livros que comecei, então juntei coragem e peguei neste grande clássico da literatura portuguesa. Honestamente, não me custou tanto como na altura da escola. 
Para quem não sabe, os Maias é um livro que retrata a aristocracia portuguesa da época tendo como protagonista Carlos da Maia, um homem que vive com o seu querido avô Afonso da Maia que ficou com ele após o seu pai, Pedro da Maia, ser deixado pela mulher que fugiu com a filha de ambos, o que levou ao suicídio do pai de Carlos que entretanto cresceu, estudou e se tornou médico. 
O livro vai acompanhar o romance entre Carlos e Maria Eduarda (que vai ter um grande atropelo que praticamente toda a gente conhece mas que eu prefiro não referir para aqueles que desconhecem), vão haver críticas à aristocracia portuguesa (nomeadamente no episódio das corridas de cavalo) e críticas à educação portuguesa. 
O livro em si tem uma história bastante boa. O meu maior problema deu-se porque eu achei que foram demasiadas páginas (perto de 600 em todas as edições) para contar uma história tão simples. Percebo que foram necessárias, mas acho maçador tantas páginas de descrições longas e pormenorizadas, cheias de elementos trágicos. 
Entretanto houveram algumas personagens que me irritaram, como o Eusebiozinho e o Damâso (mas penso que ambos foram criados para ter esse fim nas pessoas).
Entretanto algo que eu gostei imenso foi dos indícios trágicos. Acho que eles estavam muito bem feitos e realmente acrescentava algo para a história e preparava-nos para o final que, ao contrário da maioria das pessoas, eu gostei imenso. 
Relativamente a se recomendo ou não é o seguinte: eu, que sou uma pessoa que normalmente prefere o género literário em que se insere este livro, não gostei assim tanto, mas conheço pessoas que detestam este género e adoram ficção e amaram o livro e o leram super rápido. Então, recomendo sim que todos tentem mas admito que não é um livro que qualquer um vá gostar. Aconselho a quem tentar ler a não desistir nas primeiras 50 páginas que são realmente maçadoras e cheias de descrições, mas depois melhora.
Boas leituras. 
(2.5 em 5 estrelas)

Quotes/Melhores Momentos: 
  • «Nada regenera uma nação como uma medonha tareia.» - Página 146

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