Leviatã
Sinopse: "É o início da I Guerra Mundial, mas num mundo alternativo de que nunca ouviste falar. Os Germânicos lutam com máquinas de ferro a vapor carregadas de armas. Os Britânicos lutam com bestas darwinistas resultantes do cruzamento de vários animais.
Alek é um príncipe germânico em fuga. A única máquina de guerra que possui é um Marchador, com uma tripulação que lhe é leal.
Deryn é do povo, uma britânica disfarçada de rapaz que se alista para lutar pela sua causa - enquanto tem de proteger o seu segredo a todo o custo.
No decorrer da guerra, os caminhos de Alek e Deryn acabam por se cruzar a bordo do Leviatã, uma baleia-dirigível e o animal mais imponente das forças britânicas. São inimigos com tudo a perder, mas na verdade estão destinados a viver juntos uma aventura que vai mudar a vida de ambos para sempre."
Nome do livro: Leviatã
Nome do Autor: Scott Westerfeld
Editora: Vogais
Número de páginas: 335 páginas
Resenha: Este foi o meu primeiro contacto com o escritor e devo dizer que só por este livro, ele já parece ser um génio da ficção, pelo que ele criou um livro incrível e viciante.
Eu gostei bastante do início do livro e acho que o enredo em si é bastante original e chamativo. É raro vermos livros em que o cenário seja a primeira guerra mundial e ainda mais raro um em que seja essa mesma guerra mas num universo alternativo. Nisso, acho que o autor teve bastante bem.
No entanto, no início eu tive um problema em perceber bem de que lado é que cada uma das personagens estava. O livro começa com a Europa quase a entrar em guerra depois do assassinato dos pais de uma das duas personagens principais, o Alek. A principal guerra no livro é Britânicos vs Alemães. Então, nós ficamos um bocado em duvida de que lado é que está o Alek e o seu povo visto que ele não pertence a nenhum destes dois. Para quem vai ler, eu esclareço já essa dúvida (e não, não é spoilers): A Deryn (outra personagem principal do livro) está na guerra pelos britânicos, a Europa entra em guerra depois dos alemães matarem os pais de Alek, visto que o seu pai era um grande defensor da paz. No entanto, a Alemanha era aliada do Império Austro-Húngaro, ou seja, Alek e Deryn estão em lados opostos da guerra, oficialmente, visto que Alek também está a fugir dos alemães que o tentam matar. Pode parecer confuso, mas acaba por ser fácil de compreender.
Eu gostei bastante do início do livro e acho que o enredo em si é bastante original e chamativo. É raro vermos livros em que o cenário seja a primeira guerra mundial e ainda mais raro um em que seja essa mesma guerra mas num universo alternativo. Nisso, acho que o autor teve bastante bem.
No entanto, no início eu tive um problema em perceber bem de que lado é que cada uma das personagens estava. O livro começa com a Europa quase a entrar em guerra depois do assassinato dos pais de uma das duas personagens principais, o Alek. A principal guerra no livro é Britânicos vs Alemães. Então, nós ficamos um bocado em duvida de que lado é que está o Alek e o seu povo visto que ele não pertence a nenhum destes dois. Para quem vai ler, eu esclareço já essa dúvida (e não, não é spoilers): A Deryn (outra personagem principal do livro) está na guerra pelos britânicos, a Europa entra em guerra depois dos alemães matarem os pais de Alek, visto que o seu pai era um grande defensor da paz. No entanto, a Alemanha era aliada do Império Austro-Húngaro, ou seja, Alek e Deryn estão em lados opostos da guerra, oficialmente, visto que Alek também está a fugir dos alemães que o tentam matar. Pode parecer confuso, mas acaba por ser fácil de compreender.
Alguns capítulos acompanham a aventura de Alek e outros a de Deryn. Alek, como eu já disse, é um príncipe em fuga com quatro homens leais, escolhidos pelos seus pais caso se desse a necessidade de fuga, num marchador, uma especie de robô gigante de guerra. Deryn é uma rapariga que se veste de rapaz para fazer o que mais gosta: poder voar. Então junta-se à Força Aérea Britânica e acaba a bordo do Leviatã, um dos animais mais fortes e conhecidos da Força Aérea Britânica, uma espécie de baleia modificada que voa, visto que, neste universo, os britânicos (nomeadamente darwin) descobriram como modificar animais geneticamente e, ao criarem umas espécies de aberrações, fazerem máquinas de guerra, a que chama de máquinas darwinistas. Pode parecer estranho ou desumano mas na verdade são altamente, eu estava meio pé atrás com isto mas passei a adorar. Os capítulos começam a contar a história destas duas personagens juntas apenas depois do meio, quando, como diz a sinopse, "acabam por se cruzar a bordo do Leviatã" depois de uma série de eventos que, obviamente, não vou contar. Eu preferi honestamente os capítulos que seguia a história da Deryn porque achei que o Alek tinha atitudes muito irreais para a realidade, ou seja, atitudes infantis e imaturas demais, que nem parecem reais. Mas isso é facilmente ignorado no meio desta grande história, em que as próprias personagens são envolventes.
Apesar do final que para mim já era esperado, a história é bastante original e a escrita é muito fácil e rápida de ler. As ilustrações são perfeitas para a história e permitem mais facilmente ter uma perspetiva destas máquinas de guerra que se tornam difíceis de imaginar. Outro ponto bastante positivo do livro foi a alternância muito bem feita entre a ficção e factos reais. O autor conseguiu realmente incluir factos reais na história e torná-los interessantes para quem não gosta de história.
É um livro bastante bom que eu tenciono, sem dúvida, ler os próximos da trilogia e recomendo completamente.
Boas leituras.
Quotes/Melhores Momentos:
- «Se se retirar um elemento, toda a cadeia é perturbada. Um arquiduque e a mulher são assassinados, e a Europa inteira entra em guerra. Uma peça em falta pode ser terrível para o puzzle.» - Página 150
- «Era esse o truque - continuar a lutar independentemente do que acontecesse.» - Página 288
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