terça-feira, 21 de julho de 2015

A Ilha do Tesouro - Resenha

A Ilha do Tesouro

Sinopse: "Jim Hawkins parece um jovem que só aspira a converter-se num bom taberneiro; Long John Silver parece um velho marinheiro cujo maior sonho é passar placidamente o resto da vida como cozinheiro a bordo de um barco... Mas nada está mais longe da realidade! Porque Jim deseja ser um lobo-do-mar para sulcar os sete mares e o velho John Silver, que anda apoiado a uma muleta e leva sempre o papagaio no ombro, é um temível pirata cujo único objetivo é recupera o tesouro perdido do capitão Flint. Quando os destinos destas duas personagens se cruzam a bordo do Hispaniola, começa a grande aventura da Ilha do Tesouro, um livro inesquecível que se converteu numa referência imprescindível para todas as histórias de piratas e aventuras posteriores."


Nome do livro: A Ilha do Tesouro
Nome do Autor: Robert Louis Stevenson
Editora: Sicidea (1ª imagem); Biblioteca Visão (2ª imagem)
Número de páginas: 254 páginas 
Resenha: Tinha este livro preso na minha estante à demasiado tempo e decidi dar-lhe finalmente uma chance visto ser um clássico que inspirou muitas das personagens dos filmes, livros e séries de piratas que nós hoje conhecemos.
O livro acompanha o Jim Hawkins, um rapaz bastante jovem que vive com os pais numa estalagem onde também trabalha. Um dia, chega um pirata bastante arrogante e viciado em rum (chamado Bill) que simpatiza com o rapaz. Quando o pirata morre, outros piratas invadem a estalagem na esperança de conseguir dinheiro e o mapa do tesouro que o Jim têm. Assim, começa uma aventura que tem como destino a Ilha do Tesouro cheia de traição, aventura e força.
As personagens que o livro dá mais interesse são o Jim, obviamente, o médico que ajuda Jim, o pai de Jim e o pirata que tinha o mapa, o fidalgo que financia a viagem e Long John Silver, um traidor que só se interessa pelo dinheiro de Flint, o capitão mais temido que a Inglaterra já teve.
O médico a princípio irritou-me bastante, mas depois passei a gostar bastante dele e ele e o fidalgo, assim como o capitão que vai comandar o navio, tornaram-se nas minhas personagens prediletas.
Quanto ao Jim, a princípio ele é um rapaz bastante inteligente e perspicaz, mas ele às vezes parece tão inteligente e outras vezes parece tão burro que até mete confusão.
Embora o livro tenha uma escrita bastante fácil e rápida para se ler, e a premissa da história ser bastante boa, o livro não se tornou viciante. E acho que a verdadeira ação, que me viciou, só começou por volta da página 140, mas parou logo por volta da 185.
O final acaba por ser bastante esperado, mas é bom. O simples facto de, logo na primeira página, o Jim estar a narrar e a dizer que fora mandado contar o que aconteceu na ilha do tesouro mas que pediram para ele não dizer a localização por ainda ter lá uma parte do tesouro por desenterrar dá logo a entender que o tesouro foi sim encontrado e que o Jim sobrevive, além de outras personagens que o Jim diz que foram quem lhes deram ordem para escrever a aventura, e isso acaba por fazer o final ter um interesse menor.
Eu considerei que o livro não foi viciante o suficiente, mas, mais uma vez, digo que isto é a minha opinião, e que outras pessoas podem achar diferente.
Achei difícil sim conectarmos-nos com qualquer uma das personagens do livro, pelo menos foi o meu caso.
Gostei sim muito da edição da Sicidea (1ª imagem) que tem uma capa bastante simples mas atrativa e umas ilustrações lindas.
Não é um livro que realmente recomende a 100%, mas também não acho mau, então recomendo a leitura apenas para quem gostar de histórias com piratas ou fantasias e recomendo a não ir com muitas expetativas.
Boas leituras. 

Trailer da adaptação do livro para cinema (versão de 1950):



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