quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Lago Perdido - Opinião

Lago Perdido

Nome do livro: Lago Perdido
Nome original do livro: Lost Lake
Nome da Autora: Sarah Addison Allen
Editora: Quinta Essência
Número de páginas: 275 páginas


Sinopse: «A primeira vez que Eby Pim viu Lago Perdido foi num postal. Apenas uma fotografia antiga e algumas palavras num pequeno quadrado de papel pesado, mas quando o viu soube que estava a olhar para o seu futuro.Isso foi há metade de uma vida. Agora Lago Perdido está prestes a deslizar para o passado de Eby. O seu marido George faleceu há muito tempo. A maior parte da sua exigente família desapareceu. Tudo o que resta é uma velha estância de cabanas outrora encantadoras à beira do lago a sucumbirem ao calor e à humidade do Sul da Georgia, e um grupo de inadaptados fiéis atraídos para Lago Perdido ano após ano pelos seus próprios sonhos e desejos.
É bastante, mas não o suficiente para impedir Eby de abrir mão de Lago Perdido e vendê-lo a um empreiteiro. Este é por isso o seu último verão no lago… até que uma última oportunidade de reencontrar a família lhe bate à porta.»

Opinião: Para a primeira vez que li Sarah Addison Allen, devo dizer que foi uma boa estreia. Já ouvi falar muito desta autora pelo livro O Quarto Mágico mas foi exatamente pelo Lago Secreto que eu decidi me estrear.
Este livro acompanha a Kate, uma mãe que perdeu o seu marido à um ano e que vê a sua vida controlada pela sogra. Um dia, ao embalar as suas coisas para mudar de casa, ela encontra uma carta, enviada quinze anos antes, da sua tia-avó dona de uma zona de férias chamada de Lago Perdido e decide visitá-la para dar à filha umas últimas grandes férias antes de o Lago Perdido ser vendido e perdido para sempre.
Primeiro eu tenho de comentar a capa lindíssima que a editora Quinta Essência escolheu. A capa segue os mesmos traços que a capa original mas são diferentes, e eu acho que cá em Portugal ficámos com a mais bonita.
Relativamente às personagens, eu desenvolvi um amor muito grande por duas delas, a Selma e a Bulahdeen, duas mulheres (uma de 65 anos e outra acima dos 80 anos) que todos os anos visitam o Lago Perdido no Verão e o humor delas e as suas personalidades conquistaram-me.
Outra personagem que eu gostei bastante foi da Lisette, a cozinheira muda do Lago Perdido e melhor amiga da dona.
Este livro estava a ter tudo para ser perfeito: tinha as personagens, tinha o humor, a escrita fácil de ler. Tudo. Mas depois as coisas ficaram um pouco esquisitas quando a autora colocou elementos de fantasia um pouco estranhos como aligátores que comunicam e fantasmas. Eu, honestamente, penso que todos estes elementos foram apenas metáforas inteligentes e muito bem feitas, e se assim o for, a autora foi realmente um génio, mas a forma como as fez tornou a leitura um pouco estranha e isso fez-me descer um pouco a cotação que estava a pensar dar ao livro.
Apesar de a história não ser muito inesperada, houveram alguns momentos que realmente me surpreendeu e isso, num romance, é algo realmente raro.
Relativamente ao final, adorei-o e acho que foi muito bem escrito. Recomendo muito este livro.
Boas leituras.
(4 em 5 estrelas)

Quotes/Melhores Momentos:

  • «O mundo não era como ele e não ia mudar por causa dele. O truque para ser bem-sucedido na vida é não detestar quando não é exatamente como pensamos que deve ser.» - Página 82
  • «Somos o que nos ensinam.» - Página 131
  • «Ensinei literatura durante quase quarenta anos. Os livros que li quando tinha vinte anos mudaram por completo quando os li aos sessenta. Sabem porquê? Porque os finais mudam. Depois de acabarmos de ler um livro, a história ainda continua na nossa cabeça. Nunca se pode alterar o início. Mas pode sempre alterar-se o fim.» - Página 145
  • «Existia uma linha ténue quando se tratava da dor. Se a ignorarmos, ela vai-se embora, mas depois volta sempre quando menos se espera. Se a deixamos ficar, se lhe arranjamos um lugar na nossa vida, ela fica demasiado confortável e nunca se vai embora. Era melhor tratar a dor como se fosse um hóspede. Aceitamo-la, servimo-la e depois mandamo-la seguir o seu caminho.» - Página 148
  • «Não podes mudar de onde vens, mas podes mudar para onde vais, Tal como um livro. Se não gostas do fim, inventas um novo.» - Página 238
  • «Às vezes, os melhores finais são os que nos surpreendem. Às vezes, os melhores são aqueles em que tudo acontece tal e qual como queremos que aconteça. Mas os finais absolutamente perfeitos são quando se consegue um pouco de ambas as coisas.» - Página 270

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