sábado, 16 de julho de 2016

Por Favor Não Matem a Cotovia - Resenha

Por Favor Não Matem a Cotovia
(To Kill a Mockingbird)


Sinopse: «Durante os anos da Depressão, Atticus Finch, um advogado viúvo de Maycomb, uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos, recebe a dura tarefa de defender um homem negro injustamente acusado de violar uma jovem branca. Através do olhar curioso e rebelde de uma criança, Harper Lee descreve-nos o dia-a-dia de uma comunidade conservadora onde o preconceito e o racismo caracterizam as relações humanas, revelando-nos, ao mesmo tempo, o processo de crescimento, aprendizagem e descoberta do mundo típicos da infância.»
Nome do livro: Por Favor Não Matem a Cotovia (ou Mataram a Cotovia)
Nome original do livro: To Kill a Mockingbird
Nome no Brasil: O Sol é Para Todos
Nome da Autora: Harper Lee
Editora: Difel
Número de páginas: 398 páginas
Resenha: Depois de tanto ouvir falar deste incrível clássico, eu finalmente decidi-me a lê-lo, e ainda bem que o fiz. Estava com bastante medo uma vez que não é comum eu gostar de alguns género de clássicos, mas não foi isso que aconteceu neste caso. 
Por Favor Não Matem a Cotovia (agora Mataram a Cotovia) é realmente um grande clássico com uma história incrível contra o racismo e o preconceito. 
O livro acompanha a família Finch e, maioritariamente, a Scout, a filha mais nova de Atticus Finch, um advogado que é encarregue de defender um negro acusado de violação. 
Na primeira parte do livro é nos descrito o dia-a-dia das personagens, o que eu achei que fosse ficar bastante aborrecido, mas a autora acabou por o fazer de tal forma que eu achei essa parte bem interessante, especialmente se tivermos em conta que só nessa primeira parte vemos um pouco do amadurecimento da Scout, do Jem (irmão mais velho) e do Dill (um amigo de ambos que vem sempre passar o verão com eles). Temos ainda a curiosidade das crianças e as consequências dessa curiosidade numa época em que não era tão bem aceite ser curioso e que as meninas deviam apenas manter-se em casa de vestido a aprender boas maneiras. 
O Jem e a Scout foram personagens que me irritaram em alguns momentos do livro sim, mas acho que isso é bastante compreensível tendo em conta a idade de ambos. 
A única pessoa que realmente me irritou durante todo o livro foi a tia Alexandra que defende que as mulheres devem ser só isso, mulheres paradas e bonitinhas. 
Além do tema do racismo e da ideia de que é impossível mudar a forma como as pessoas de cor são vistas, a Scout levanta um tema bastante interessante ao perguntar se as pessoas que odeiam e atacam os negros não são exatamanente como o Hitler, que tanto criticavam, mas apenas mudando outro grupo da população.
Relativamente ao caso do Atticus, deram-se acontecimentos que eu considerei inesperados. Se pensarmos na época em que se situam, realmente podem não ser assim tão inesperados, mas pensando nos tempos de agora são coisas inimagináveis, e ver a forma como a população preta era tratada torna-se chocante em alguns momentos. 
Depois chega o final e eu esperava apenas parte do que aconteceu. Eu achei o final extremamente bem feito e realista. 
Conheço pessoas que acharam o livro bastante aborrecido, mas eu adorei e recomendo muito.
Boas leituras.
(4.5 em 5 estrelas)

Quotes/Melhores Momentos:
  • «Nós nunca sabemos aquilo que acontece às pessoas. O que se passa dentro das portas e janelas fechadas, os segredos...» - Página 73 
  • «Lá porque fomos derrotados há cem anos, não significa que agora não possamos tentar ganhar.» - Página 115
  • «Queria que visses o que é a verdadeira coragem, em vez de pensares que coragem é um homem com uma arma nas mãos. Coragem é sabermos que estamos vencidos à partida, mas recomeçar na mesma e avançar incondicionalmente até ao fim. Raramente se ganha, mas às vezes conseguimos.» - Página 164
Trailer da adaptação do livro para o cinema:


(versão em inglês que tenho do livro)

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