sábado, 19 de dezembro de 2015

Prometes? - Resenha

Prometes?



Sinopse: "Como reagir quando achamos que conhecemos o futuro, mas as memórias do passado nos estão escondidas? Como evitar a vertigem de tentar mudar esse futuro em nosso proveito?Este é o ponto de partida da viagem do Afonso à procura de salvar o futuro, de proteger o amor que sabe poder desaparecer-lhe nos dias que o esperam. Uma viagem onde cada um desempenha o seu papel, embora nem sempre o saiba compreender.
Um caminho onde cada pormenor pode alterar o resultado, onde cada decisão influencia o destino. Um traçado onde a realidade é o cruzamento de mundos paralelos com as decisões que tomamos.
Saberá o Afonso mudar o futuro? Conseguirá salvar a Inês e o amor vertiginoso entre ambos?"


Nome do livro: Prometes?
Nome dos Autores: Diana Carvalho e Pedro Barbosa
Editora: TopBooks
Número de páginas: 303 páginas
Resenha: Comprei este livro um bocado a medo pois foi-me recomendado como sendo algo do género do Prometo Falhar (que eu não gostei muito) e deixem-me que vos diga: não tem quase nada a ver.
Prometo Falhar acompanha a história do Afonso que namora com a Inês. O que faz deste casal algo tão diferente? (Eu não considero isto spoiler, e como demorei um bocado a perceber tornou-se um bocado mais difícil perceber a história, então para quem realmente não quer saber que avance para o próximo parágrafo) A Inês, como qualquer pessoa normal, lembra-se do passado, mas o Afonso não se lembra bem do passado e ainda consegue ver fragmentos do futuro, num desses fragmentos vê a morte da Inês, e é exatamente essa tentativa de mudar o futuro que vai ser o principal foco do livro.
A história a princípio é muito estranha, somos colocados ali no meio sem perceber nada e isso tornou difícil eu gostar deste livro logo a princípio.
Visto que os capítulos são narrados pelos dois, no início dos capítulos devia dizer quem estava a narrar, porque isso tornou um bocado mais difícil de entender, apesar de ser fácil descobrir quem está a narrar nesse capítulo.
Tem uma parte a partir da página 100 em que o livro se tornou um bocado chato, mas eu também posso achar isso pelo facto de que a ideia do livro em si estava a custar a entrar-me na cabeça, e, quando achava que o livro só ia piorar, ele realmente melhorou e os acontecimentos começam a tornar-se interessantes, além de que, como passamos a acompanhar maioritariamente o Afonso, nós só sabemos de parte do que vai acontecer, então são reviravoltas atrás de reviravoltas e a confusão dele acaba por passar para nós também. Simplesmente adorei a relação deles com uns amigos, isso estava muito bem, mas não gostei do uso exagerado de expressões em inglês porque tornou o livro um bocado menos realista.
Quanto ao final, e apesar de eu já esperar algo assim, ele estava realmente bem feito. Encontrei ainda boas quotes.
Em geral, o livro apenas tem 3 estrelas e não 4 devido àquele momento mais chato que me custou a atravessar e porque me custou muito a entrar na história, acho que somos colocados no meio da ação sem fazer ideia do que se está a passar, mas a partir do momento que descobrimos, é uma leitura incrível.
É um livro que recomendo sim, além de que é uma leitura nacional e autoras bons como estes nem sempre tem o êxito que merecem.
Boas leituras.
(3 em 5 estrelas)
Quotes/Melhores Momentos:
  • «A minha cabeça é um delicioso manicómio.» - Página 7
  • «Se te assusta, é provavelmente boa ideia experimentares.» - Página 20
  • «Olho para esta fotografia e lembro-me de como soube que te amava: pela cor da tua alma. O movimento de cores que te atravessava essa tua maneira de ver a vida e as pessoas que te rodeavam, esse cómico amor que sentias pelo mundo todo, por todos os mundos que não entendias e por todos os mundos que sabias que nunca poderias entender.» - Página 24
  • «Porque o amor às vezes não chega.» - Página 59
  • «-Nascemos para morrer - disseste-me, como se adivinhasses.» - Página 129
  • «Às vezes, mais vale adaptarmos-nos em vez de lutar contra a maré. É nas dificuldades inesperadas que se encontram muitas vezes soluções que antes nem nos tínhamos atrevido a ponderar.» - Página 197

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